“Construir e reformar os estádios brasileiros para a Copa do Mundo está 21% mais caro, comparado ao primeiro orçamento anunciado pelo Governo Federal em janeiro de 2010. O custo total estimado para as obras dos 12 estádios já alcança a cifra de R$ 6,69 bilhões.”
Assim começa a reportagem de Bianca Zanella e Rodrigo Müzell para o jornal Zero Hora. Os meus olhos se detêm por um breve instante na inacreditável cifra de quase 7 bilhões de reais, enquanto eu tento absorver com calma esses valores todos.
A Copa do Mundo no Brasil está mostrando que somos o país do futebol, não da organização. Já não seja o absurdo de se investir em estádios que não irão abrigar grandes jogos após o Mundial (como na Amazônia e em Brasília), as obras já estão 21% mais caras do que a previsão inicial.
A questão é: de onde sai tanto dinheiro público para se fazer estádios? Vejo os gastos com infra-estrutura como legítimos do Estado, já que vão melhorar a vida de toda a população. Mas e os estádios, servem a quem? De quem será o lucro depois de prontos?
É inadmissível que haja tanta irresponsabilidade com o uso do nosso dinheiro. Quando se fala em melhorar o SUS, reformar a Educação ou aumentar o salário mínimo, os demagogos falam em “responsabilidade fiscal” e surgem mil burocracias. Mas para a Copa, o dinheiro sai a rodo.
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