Eu não admito que me chamem de “duas caras”.
Eu tenho várias caras.
Para cada lugar, para cada situação, para cada pessoa. Sempre
sou alguém diferente.
Pode ser que seja ruim, mas é verdadeiro. Porque eu nunca acordo de
manhã pensando: “quem eu vou ser hoje?”.
A minha multifacetude
nunca poderá ser chamada de falsa ou de hipócrita, porque é espontânea em sua
essência.
E é incontrolável. Não consigo falar as mesmas coisas ou
agir da mesma forma quando estou com amigos e quando estou em uma aula da
faculdade, por exemplo. Mais: é como se eu pensasse de formas diferentes.
Mas não deixo isso gerar crises de identidade em mim. Eu sei exatamente o
que sou: muitos. Hoje mesmo, na oficina de criação literária, uma aluna me
disse:
- Tu é muito sério, Luis. Muito certinho.
Eu não posso me deixar iludir com isso. Tudo seria tão mais fácil
se me descrever fosse assim tão simples como ela fez.
Mas também seria tão
mais sem graça viver, que o benefício não compensa.
Maa quem foi essa menina que disse que tu é sério? ;O Meu Deus! kkkkkk'
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