Assisti ontem à noite a um bate-papo papo com a escritora
Cláudia Tajes, e depois à peça Dez Quase Amores, baseada no seu primeiro livro.
Eu já tinha lido o livro, que é realmente muito bom, e devo dizer que a peça
não fica devendo em nada para a história original. Muito boa também.
O que mais me chamou atenção, no entanto, foi a escritora. É
que a Cláudia Tajes é modesta. Tímida até. Dois predicados que eu não esperava
que ela tivesse, pelo estilo sem papas na língua usado para escrever e por tudo
o que ela conquistou nos últimos anos, se tornando até roteirista da Globo.
A Cláudia contou que há mais ou menos dez anos levou o seu
primeiro livro pronto para a Editora “na maior cara de pau”. Mesmo com o
sucesso da autora depois disso, muita coisa poderia ter acontecido e feito com
que tudo transcorresse de um jeito diferente.
A escritora poderia não ter dito a tal cara de pau e nunca
ter ido até a Editora. Ou ainda, a Editora poderia recusar o trabalho, mesmo
sendo um ótimo trabalho, porque isso acontece todos os dias no Brasil.
Mas não. Uma combinação de talento e um pouco de sorte
alçaram Cláudia Tajes a um lugar ao sol. Tantos são os que não conseguem,
tantos são os bons, os talentosos, que nunca serão descobertos... E quantas
histórias deixaremos de ler, quantas músicas jamais serão ouvidas...
Entre tantas preciosidades que nunca serão conhecidas,
Cláudia Tajes mostra que tem potencial para continuar entre os grandes
escritores gaúchos da atualidade.
Melhor pra todos nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário