Estou
ansioso para ler nas férias “Crime e Castigo”,
de Dostoiévski. Foi indicado por um professor de literatura que me
garantiu: é o melhor livro que ele já leu na vida.
O
autor tornou-se grande, segundo ele, porque em um dia do século 19 Dostoiévski foi condenado à morte, e
acabou se livrando da sentença poucos minutos antes da hora em que seria executado.
Foi
depois de encontrar-se na iminência da morte que ele criou suas maiores obras.
Tudo
o que uma pessoa é, tudo o que ela acredita ser, todas as ambições que ela
possui, tudo isso se esfarela diante da iminência do fim.
Digo tudo isso porque a mídia tem feito um grande
alarde sobre mais um possível “Fim do Mundo”, mas na verdade a vida não é infinita para ninguém. É
uma obviedade o que estou dizendo, eu sei, mas obviedades também precisam ser
ditas.
Porque se todos tivessem plena consciência de que
ninguém é imortal, decerto que haveria menos desavenças no mundo, menos
rompantes de ódio e menos inimizades.
E
haveria mais pedidos de perdão.
A
vida não é infinita.
Aliás, não foi nem para o Niemeyer.
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