Que ano surpreendente este de 2012, que escorre rapidamente
para o seu final. Entre tantos erros, acertos e aprendizados, ele me trouxe
também uma descoberta incrível: se me aperfeiçoar um pouco, posso me tornar um grande
vidente.
Claro que não devo acertar todas. Aliás, algumas previsões
devem ser guardadas a sete chaves, porque talvez a população mundial não esteja
preparada para recebê-las assim, de chofre.
Digo isso por causa de uma brincadeira que fiz no início de
janeiro. Me arrisquei em um post aqui no blog a prever cinco acontecimentos, e,
como supus, algumas coisas realmente são muito previsíveis, mesmo para um
vidente de primeira viagem como eu.
Vamos relembrar as previsões:
♦ Uma equipe do
eixo Rio - São Paulo ficará com o título do Campeonato Brasileiro;
Acertei na mosca. O título do Fluminense foi como sempre é um
campeonato de pontos corridos: sem graça. Não existe jogo decisivo, afinal vencer
o Náutico vale a mesma coisa que vencer o São Paulo. E é no calor das grandes
decisões que se cria um campeão de verdade.
♦ As duas edições
do ENEM de 2012 serão marcadas por problemas e as provas serão anuladas por
algum tribunal do Nordeste;
A primeira edição sequer saiu do papel, porque no Brasil o
sonho vem antes; o planejamento depois. Na edição de outubro, um tema inexplicável
para a redação. Mas houve evolução com relação aos outros anos.
♦ Algum juiz vai
cancelar a anulação das provas poucos dias depois;
Errei essa previsão, porque nem anulação houve. Não sou
contra o ENEM. Aliás, posso dizer que fui muito, mas muito beneficiado com o
Exame. Sei que é difícil aplicar uma prova única em um país gigante como o
Brasil. Talvez por isso as falhas sejam previsíveis, embora haja um trabalho sério
por trás de tudo isso.
♦ Gianechinni,
Lula e Cristina Kirchner irão se recuperar do câncer que os aflige;
Perfeito, sou um gênio! Dinheiro não compra a saúde, mas
pode comprar bons médicos, e isso muitas vezes faz toda a diferença do mundo.
♦ Só no Brasil,
milhares de pessoas vão morrer na fila do SUS sem conseguir se recuperar do
câncer que os aflige.
Na mosca, e essa foi fácil. O problema do SUS é o mesmo
problema da Educação: a desvalorização dos profissionais, que são mal pagos e
desmotivados. É claro que existem inúmeros outros pontos, mas este é o
principal. Pegue-se o melhor sistema público de saúde do mundo, o National
Health Service, da Grã Bretanha. Lá os médicos até preferem trabalhar no NHS do
que em um hospital privado. Lá eles se qualificam sempre, porque estão sempre
sendo avaliados, e lá eles ganham um salário compatível com a função de salvar
vidas.
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