Algumas coisas simplesmente desaparecem das nossas vidas, e isso quase sempre é bom.
Quando
eu era criança, por exemplo, minha mãe me obrigava a tomar uma colherada cheia
de um líquido cor de terra, que tinha gosto enjoativo: sadol. Era
para aumentar o apetite, ela me dizia. E eu, que nunca fui assim tão magrinho,
não conseguia entender aquelas sessões de tortura. Céus, por quê?!
As
crianças de hoje não sabem o que é passar por isso. Sorte a delas que o mundo
evoluiu. Um mundo em que os pequenos não são forçados a tomar uma colher
de sadol antes de cada refeição é certamente um lugar melhor para
se viver.
Outra
coisa que desapareceu: o CD de música. Hoje em dia ninguém mais
compra isso.
Mesmo
aquele baratinho, que era vendido nos bazares, ele também sumiu de nossas
vidas. Concluo que, assim como ocorria com o sadol, as pessoas
não gostam muito de CD’s.
O que é
uma coisa lógica: ninguém quer levar para casa 20 músicas de um mesmo cantor,
quando na verdade gosta só de duas ou três das suas canções.
Por
isso, sou a favor do poder de escolha.
Quero
poder escolher a música que vou ouvir, não um CD inteiro.
Quero
um autógrafo do meu ídolo, não de toda a banda.
Aquele
iogurte do supermercado vendido em bandeja também me ofende. Quero levar para
casa só o que vou consumir hoje.
Ah, e
Dilma, quando for feita a reforma política, quero escolher meu candidato. Não
vários, mas apenas um.
Eu não
quero votar em lista.
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