Agora
sim, caiu a ficha. Finalmente compreendi o que queriam dizer os coros de
"Sem partido! Sem partido!", entoados em uníssono, nos protestos de
junho deste ano. Eu via aquelas cenas e pensava: "Como assim, uma
democracia sem partidos?!".
Mas,
como disse, agora compreendi. Hoje, a presença de um partido político, seja ele
qual for, tira um pouco da credibilidade de qualquer movimento do nosso país.
Porque os partidos estão uma bagunça. Há mais siglas do que os eleitores são
capazes de citar.
E o
pior é que esse não é o maior dos problemas. O que realmente tira a
credibilidade dos partidos é a falta de sintonia entre as cúpulas nacionais e
estaduais. As mesmas legendas que digladiam em nível estadual, se abraçam em
Brasília.
E
vice-versa.
Houve
um tempo em que haviam confronto de ideias, debates acalorados. Hoje, não.
Hoje, todos defendem praticamente a mesma coisa.
É
preciso uma reforma urgente.
Continuo
convicto de que toda democracia precisa de partidos políticos, mas que sejam
partidos de verdade; e não cabides de cargos públicos, feitos de parcerias
puramente eleitoreiras, como o que temos visto ultimamente.
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