As
pessoas querem mudar. Eis o que revela esse janeiro de dias longos e mormacentos.
Entre as metas para o ano que começou, todos traçam objetivos certeiros: mudar
de emprego, arranjar um namorado, adquirir algo.
Em suma, ninguém está satisfeito.
É
uma tendência natural, afinal há sempre mais e mais por se conquistar. Mas, se
um homem jamais está satisfeito com as próprias realizações, se as suas
aspirações estarão sempre à frente de suas conquistas, estamos então condenados
a viver insatisfeitos?
Acho
que sim. Acho que você nunca estará satisfeito consigo mesmo, por mais que seja
valorizado no trabalho, tenha muito dinheiro, uma saúde invejável e belas
mulheres a lhe fazer companhia.
Porque,
como cantou Tom Jobim, ‘a felicidade é
como a pluma que o vento vai levando pelo ar’. É isso. A
felicidade, a realização pessoal, esses são sentimentos que duram pouco e se
esvaem entre os dedos.
Confesso
que pensar isso me consola. Isso mostra que posso me exigir menos de vez em
quando. Posso parar alguns minutos enquanto o sol acaricia minha pele, sem
pensar que estou perdendo tempo.
Afinal,
o importante não é a conquista em si. Ela me deixará contente apenas por alguns
instantes. O importante é querer. Éis a mola propulsora que nos mantém vivos Querer.
Que eu nunca deixe de querer mais.
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