Uma
das das ambições mais comuns do ser humano é querer ser grande. Afinal, as
pessoas não querem que sua existência seja comum, não querem apenas passar pela
vida nascendo, se reproduzindo e morrendo.
Não.
As pessoas querem ser lembradas.
Elas almejam que seus feitos se perpetuem, que eles sejam narrados para as
futuras gerações, porque essa seria uma forma de elas mesmas continuarem vivas.
Essa
mania de grandeza, não raro, causa frustração. Afinal, quem poderia se destacar RE-AL-MEN-TE,
se já somos mais de sete bilhões neste vale de lágrimas? E mais: mesmo que
alguém consiga ser muito bom em algo, de pouco ou nada lhe adiantaria, porque
as pessoas não podem ser classificadas como se fossem equipes de um torneio, em
ordem de importância.
Por
todas essas razões é que não acredito no sucesso individual como fonte de
felicidade. Acredito nas coisas pequenas, essas sim capazes de fazer com que um
homem seja feliz de verdade. Ou pelo menos se aproxime disso.
Willis
Carrier é um homem que conseguiu alcançar o tal desejo de entrar para a
história. Ao inventar o ar condicionado, em 1902, ele garantiu que seu nome
jamais fosse esquecido, nem mesmo com a passagem inexorável dos anos. Se foi
feliz, não tenho como saber. Mas espero
sinceramente que tenha sido.
Nestes
dias intermináveis de calor intenso, em que o nosso Rio Grande se transformou
em uma canícula, contemplei agora pouco o nome de Willis Carrier, por alguns
segundos, em silêncio.
Willis Carrier. O homem que
inventou o ar-condicionado.
E
dessa forma, em silêncio, como se estivesse rezando, eu disse-lhe, com
sinceridade: muito obrigado!
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