Nietzsche dizia que sem enfrentar a dor, ninguém consegue nada. Para conseguir as coisas
que realmente valem à pena, é preciso que haja sofrimento.
O fato é que a dor, se não pode
ser considerada boa, deve sim ser encarada de forma positiva, porque um caráter
sólido é forjado basicamente nos momentos espinhosos da vida. Não são nas
coisas banais do cotidiano que se formam as pessoas grandes de espírito, mas
nos momentos em que se apresentam as maiores dificuldades.
E o arrependimento é o melhor
dos sofrimentos. O arrependimento sinaliza que o aprendizado aconteceu, mesmo
que tenha sido através de erros. Quem não se arrepende, quem apenas busca justificar
as próprias falhas, não evolui.
Assim são os fortes. Tiram
algo de bom mesmo nas piores situações, extraem sabedoria onde existem erros,
crescem quando tudo parece estar perdido.
Perder é necessário
Na vida, não existem
invictos.
Eu, por exemplo, vivo
perdendo, quase sempre para mim mesmo, e odeio cada uma das minhas quedas e
fracassos.
Mas, já me dei conta de que
essas derrotas são necessárias, são boas até, porque é impossível alguém se
tornar um vitorioso sem antes conhecer o gosto amargo de um revés.
A derrota dói
A verdade é que qualquer derrota
dói, e na vida nenhuma dor passa imediatamente.
É preciso que se compreenda,
no entanto, que elas não são eternas, por mais que algumas pareçam ser.
A queda do Grêmio ontem na Colômbia trouxe
aos gremistas uma dessas dores que parecem que não vão passar, mas deve ser
encarada com uma derrota que talvez fosse necessária.
O Grêmio pode transformá-la
em motivação para um 2013 mais auspicioso, se, assim como os fortes, souber extrair
o melhor depois de passar pelas piores vicissitudes.
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