Até acho legal guardar fotografias e essas coisas, mas o que
entrega mesmo quem fomos no passado é aquilo que escrevemos. Se esse blog ainda existir daqui a alguns
anos, será como um álbum de fotos, porém mais indiscreto e...mais público.
Voltemos à questão da escrita: bilhetes antigos, por exemplo.
Bilhetes antigos de amor são relíquias de nós mesmos.
O que somos hoje foi forjado em cada letra cuidadosamente
desenhada no passado.
Mudamos muito durante a vida, e como um animal que renova a
pele a cada estação, trocamos de convicções; deixamos sentimentos para trás.
Mas o que escrevemos, fica.
Escrever uma declaração é tornar eterno aquilo que é
efêmero.
É barrar o esquecimento.
As palavras gravadas no papel não deixam dúvidas: aquilo
realmente existiu.
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