Li agora um estudo que revela algo muito interessante. Vou colar aqui:
''Mais de um terço dos usuários do Facebook enfrenta sentimentos negativos, como frustração, depois de visitar os perfis dos amigos. Os pesquisadores concluíram que a exposição a cenas explícitas de sucesso e lazer transformou a inveja em moeda corrente na rede social, conduzindo a um clima de insatisfação com a própria vida."
Agora, vou lhe contar um segredinho: as outras pessoas não são assim, tão felizes. O que acontece é que em uma rede social os usuários podem peneirar exatamente aquilo que querem que os outros vejam. Por isso, no perfil do Facebook ninguém passa por problemas, ninguém é solitário; todos vivem uma época dourada na sua vida.
Suspeite sempre. Quem está feliz não precisa gritar ao mundo o quanto sua vida é perfeita, não precisa convencer ninguém sobre suas alegrias e conquista, porque a felicidade em si já lhe bastaria.
A tal felicidade, quando gritada ao mundo, quando esbanjada em fotos cheias de sorrisos, é mais uma necessidade de afirmação. Como o chefe que sublinha ao subordinado:
- Quem manda aqui sou eu.
Ora, quem tem autoridade não precisa lembrar isso; manda e pronto. Se ele precisa afirmar isso, é porque está inseguro em seu posto.
Mas voltando ao assunto felicidade...o problema é que ela é buscada apenas nos grandes acontecimentos. É claro que é inesquecível a alegria do nascimento de um filho ou o orgulho de pegar o diploma, mas esses são momentos raros na vida.
Felicidade mesmo é a música que sai melodiosa do rádio do carro, é a xícara fumegante na manhã gelada de inverno, é ir comprar roupas com uma mulher que tudo experimenta, mas nada compra. Felicidade é como disse o mestre Quintana:
"Quantas vezes a gente, em busca da felicidade,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda a parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!".
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