Estava conversando
ontem com o Joel Linden- que é a
pessoa mais inteligente que eu conheço, - sobre um pensamento que tenho: “o
homem está se afastando, às vezes imperceptivelmente, da sua essência.
Precisamos nos humanizar mais”.
Parece paradoxal. Eis aí uma conversa que precisa de alguns copos de uísque, mas debatemos a questão mesmo sem álcool. Porque isso me atormenta: as pessoas (e quando eu falo as pessoas, estou generalizando) não veem o outro como seu semelhante, elas o veem apenas como “o outro”. Ora, se ele é o outro, ele não tem importância alguma. Ou, na melhor das hipóteses, ele até tem alguma importância, porque sendo “o outro”, ele está disputando o mesmo espaço que eu, as mesmas oportunidades. É um rival, portanto.
Talvez seja por isso que tantos motoristas ignorem os pedestres que esperam para atravessar em uma faixa de segurança. E, quem sabe, essa também seja a razão pela qual 65% dos entrevistados tenham dito em uma pesquisa que mulher com roupa curta merece ser estuprada. Afinal, quem é essa mulher? Na visão desses entrevistados, é uma qualquer, que não tem importância, que não merece respeito.
As pessoas que não respeitam os demais, fazem isso porque também não se respeitam. O homem deste ou daquele partido, gremista ou colorado, negro ou branco, ele é acima de tudo um cidadão; e é isso que o torna importante, não a filiação partidária, o clube de futebol ou a cor. Aí é que está: somos cidadãos. Diferentes em tudo, mas iguais na essência. Se não compreendermos isso, vamos continuar nos “desumanizando”. E olha que nem foi difícil de se chegar a essa conclusão.
Parece paradoxal. Eis aí uma conversa que precisa de alguns copos de uísque, mas debatemos a questão mesmo sem álcool. Porque isso me atormenta: as pessoas (e quando eu falo as pessoas, estou generalizando) não veem o outro como seu semelhante, elas o veem apenas como “o outro”. Ora, se ele é o outro, ele não tem importância alguma. Ou, na melhor das hipóteses, ele até tem alguma importância, porque sendo “o outro”, ele está disputando o mesmo espaço que eu, as mesmas oportunidades. É um rival, portanto.
Talvez seja por isso que tantos motoristas ignorem os pedestres que esperam para atravessar em uma faixa de segurança. E, quem sabe, essa também seja a razão pela qual 65% dos entrevistados tenham dito em uma pesquisa que mulher com roupa curta merece ser estuprada. Afinal, quem é essa mulher? Na visão desses entrevistados, é uma qualquer, que não tem importância, que não merece respeito.
As pessoas que não respeitam os demais, fazem isso porque também não se respeitam. O homem deste ou daquele partido, gremista ou colorado, negro ou branco, ele é acima de tudo um cidadão; e é isso que o torna importante, não a filiação partidária, o clube de futebol ou a cor. Aí é que está: somos cidadãos. Diferentes em tudo, mas iguais na essência. Se não compreendermos isso, vamos continuar nos “desumanizando”. E olha que nem foi difícil de se chegar a essa conclusão.
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