Pense
nas nuvens. O dia está claro e sedutor como a pele da Scarlett Johansson, os
pássaros cantam alegremente, o sol começa a trazer aquele calorzinho chato.
Então, elas surgem. Vindas não se sabe bem de onde, as nuvens começam a se
aglomerar, o dia vai escurecendo; e, de repente, está chovendo.
-
Que tempo louco! - exclamam as pessoas, se esgueirando debaixo das marquises.
A
vida é assim.
Vejam
ainda as ações da Petrobrás. Até dias atrás, um negócio rentável. Agora, os
acionistas veem seus papéis valerem cada dia menos, e, ao que tudo indica, as
perspectivas para 2015 não são nem um pouco animadoras.
O
que isso significa?
Que
as verdades absolutas, na verdade, não são assim tão absolutas. O tempo pode
mudar, as ações podem despencar, o namoro sólido pode esfriar, a esposa fiel
pode ter uma recaída com o vizinho do 812. Vivemos em um mundo imprevisível,
onde muitas vezes prevalece o imponderável, e as decisões são tomadas quase
sempre através da emoção.
Fico
pensando que é isso o que nos aflige em nossas efêmeras existências. Essa
imprevisibilidade. Afinal, não podemos nos precaver dos infortúnios. Talvez
sejamos assaltados na próxima esquina; talvez não. Raramente é possível ter
certeza de algo. O que podemos ter são palpites, que nada mais são do que
vontades ou temores disfarçados de pressentimento.
Digo tudo isso porque, em
duas semanas, um novo ano vai começar. O que ele nos trará? Não podemos prever.
Apenas sonhar. Tão aflitivo, e ao mesmo tempo tão fascinante é viver neste jogo
louco em que tudo pode acontecer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário