Quando você começa a
fazer uma lista de livros, uma história puxa a outra. Limitar a apenas sete foi
uma grande dificuldade, mas depois de inúmeras ponderações, consegui! Eis a
lista para este verão 2014/15:
O CONTINENTE
Este é o primeiro
livro da trilogia O Tempo e o Vento, de Erico Veríssimo. Já li todos os livros
incontáveis vezes, e a história dos Terra-Cambará sempre me prende de uma forma
diferente. Aliás, é como se a nossa própria história estivesse naquelas páginas.
Principalmente para os gaúchos, não se pode passar por este vale de lágrimas
sem ler O Tempo e o Vento.
EU SOU O MENSAGEIRO
Do mesmo autor de A
Menina Que Roubava Livros. O enredo pode ficar um pouco previsível durante o
desenrolar da história, mas acho fascinante a forma com que o autoconhecimento
surge como o caminho para solucionar os problemas do jovem taxista Ed e de seus
melhores amigos.
DOIS IRMÃOS
Eu possivelmente
nunca leria nenhum livro do Milton Hatoum, mas esse foi uma indicação da
professora Juracy Saraiva, e um dos que mais gostei de ler. Na trama, os gêmeos
Yaqub e Omar protagonizam um enredo cheio de ciúmes, intrigas, morte e até
mesmo um tema tabu para a literatura brasileira: o incesto. Vale a pena se
perder por essas páginas.
CEM ANOS DE SOLIDÃO
Neste ano li Cem Anos
de Solidão, por coincidência na mesma época em que morreu seu autor, Gabriel
García Marquez. Achei a história um
pouco confusa da primeira vez, principalmente por causa dos nomes das
personagens, que se repetem bastante. Porém, como um pouco de teimosia não faz
mal a ninguém, reli o livro. A conclusão? O realismo mágico de García é
incomparável.
QUINTANARES
O gênio das frases
curtas faria muito sucesso no Twitter. Com toda a aversão de Quintana ao
urbanismo e ao concreto, quem sabe a brisa do litoral seja mesmo o melhor lugar
para se deixar enlevar pela sua poesia.
CARTAS NA RUA
Confesso que nunca
tinha lido Bukowski. O fiz pela primeira vez no verão passado, e mais do que
recomendo a leitura. Com um estilo, digamos...transgressor,
e cheio de palavrões, a história aborda a vida de um carteiro norte-americana,
seus dissabores e anseios.
FELIZ ANO VELHO
Fecho com esse livro por duas razões: primeiro, porque a história de
vida do escritor Marcelo Rubens Paiva, um misto de dor e superação, deve servir
de exemplo para todas as pessoas quando pensarem em desistir. E também porque,
ultimamente, alguns têm defendido a volta do regime militar no nosso país. A
história revela, entre muitas outras coisas, a perda do pai do autor, o
deputado Rubens Paiva, que foi capturado pela ditadura militar.
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