Gosto não se discute. Eu, por exemplo, tenho uma paixão platônica pela
Isabelle Drummond. Aliás, a Isabelle Drummond, para mim, é um desperdício. Deveria
estar na novela das 9, deveria ser sempre a protagonista. Ela nem precisaria
falar nada. A beleza dela compensaria tudo, mesmo que ela tivesse más atuações
como atriz.
Os meus colegas de transporte pra faculdade discordam:
- Aquela que fez a
Emília??? – perguntam chocados – mas
ela não tem nem peito!
Essa mesmo. EU não mudaria nada na Isabelle Drumonnd. Ela
chegou tão perto da perfeição física quanto alguém pode chegar. Se um dia eu
descobrir que ela calça 35, juro que crio coragem e a peço em casamento!
Os meus amigos não acham tudo isso. Enfim, gosto não se
discute.
E como gosto não se discute, tem gente que gosta de pão
preto, por exemplo. Deixam de comer o pão tradicional, o pão sovado com carinho
pela avó, aquele que se desmancha na boca enquanto você mastiga, para comer pão preto. A farinha de trigo é um perigo, você sabe.
Só não posso me conformar com o arroz integral. Comer arroz
integral é um exagero, é uma atrocidade. Significa dizer não aos pequenos
prazeres da vida, significa condenar-se a uma vida sem graça.
O arroz faz parte do prato do brasileiro. Há quem não goste
de feijão, há quem evite até mesmo as carnes, mas o arroz é unânime. Todo
brasileiro come arroz. Isso torna o arroz um alimento acima dos demais, um
alimento que precisa ser respeitado.
Não deve se tolerar que mexam no arroz.
Não posso admitir viver em uma época em que as pessoas abrem
mão das pequenas coisas, que são justamente as melhores; uma época em que as
pessoas deixam de viver plenamente para ficarem vivas por mais tempo.
Uma época de pessoas que comem arroz integral. Que seres nos
tornamos!
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