Leônidas foi um grande homem.
Não falo do Leônidas que foi jogador de futebol nos tempos
de Pelé e inventou a linha do impedimento; ainda que eu considere este um dos
grandes feitos do século passado.
Falo do Leônidas que liderou os espartanos naquela batalha
contra os persas que entrou para a história e que virou um filme com orçamento
de 70 milhões de dólares.
Leônidas foi grande porque, naquela batalha das Termópilas,
em que ele liderava apenas 300 homens espartanos; não temeu o ataque de 300 mil
persas e preferiu voltar morto a render-se em uma batalha.
Ainda que estivessem com um exército tão inferior numericamente, os espartanos
conseguiram retardar por três dias os avanços do exército persa, mesmo que o
preço tenha sido alto: suas próprias vidas. Alguém poderia dizer que a
aniquilação daquele exército significa uma derrota, mas não é bem assim. Os
persas tiveram tantas baixas, que por fim; enfraquecidos, acabaram sendo
expulsos da Grécia.
Eram grandes os espartanos, eram nobres de espírito, claro
que sim; mas o que os tornava ainda maiores era seu líder.
Seja uma tropa, uma equipe de futebol, uma empresa, uma sala
de aula, e até mesmo uma família, todas essas instituições só conseguem ser realmente
fortes quando são lideradas por alguém que não se entrega ao desânimo nem mesmo
quando as maiores vicissitudes se apresentam.
Talvez seja esse o grande problema do Rio Grande do
Sul. Não acredito que se possa apontar um grande responsável pela situação
lamentável em que se encontra o Rio Grande do Sul no que tange à valorização
dos seus professores, e sim uma sequencia ações desastradas; mas o fato é que
faz muitos anos que o Rio Grande do Sul não elege um grande líder.
Neste caso, um grande governador.
Falo de um líder que represente os gaúchos justamente
naquilo que sempre foi marcante na nossa personalidade: a indignação com aquilo
que não está certo.
Este Tarso Genro que aí está é um grande estadista, é
um homem desenvolvimentista; mas é apenas mais um. Quando ele tenta esquivar-se
de pagar o piso salarial dos professores alegando inconstitucionalidade da lei,
quando insiste em dizer que não há recursos financeiros e nenhuma saída pode ser encontrada, ele mostra justamente isso: que é apenas mais um.
Hoje, nosso estado precisa de uma grande revolução na
Educação, e grandes revoluções só são possíveis com grandes homens. É preciso alguém
como Leônidas, rei dos 300, para arregaçar as mangas e mostrar que não
existe; nem jamais existiu, uma batalha perdida.
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