A cena que viu em seguida deixou Paulo aturdido. No box, de costas para a porta, Ana lavava o cabelo com vigor. Não era a criança pela qual Paulo quase havia se compadecido momentos antes.
Não. Ana já era uma mulher. Não havia dúvidas. Era como se daquele corpo firme e bronzeado, daquelas curvas sinuosas, exalasse um frescor que só a juventude pode ter.
Paulo ficou paralisado mais tempo do que seria prudente. Ele não esperava que a cunhada de 17 anos que ele sempre via em seus pensamentos como uma criança pudesse abalar-lhe tanto. Mas, no entanto, ali estava ela, nua, com o firme redondo das nádegas, as pernas longas e sólidas...
Então ela se virou e deu de cara com o cunhado.
Ana não gritou, como Paulo esperava. Apenas olhou para ele, ainda mais aturdida do que ele mesmo estivera momentos antes, incapaz de qualquer gesto ou qualquer palavra.
Paulo sabia o que fazer. E fez.
Ana sentiu um desfalecimento, como se estivesse fora do próprio corpo, enquanto o cunhado se aproximava. Mas ao mesmo tempo, era como se ela sentisse o seu próprio corpo de uma forma que ela não imaginava que poderia senti-lo.
As gotas d’água lhe lambiam as coxas lisas, ela se arrepiava, sem saber se de frio, medo ou excitação, os bicos de seus seios se enrijeceram, e alheio a tudo isso, Paulo continuava avançando.
Por um instante fugaz, Ana pensou na irmã. Mas ela queria fazer o que estava fazendo. E pela primeira vez desde que descobrira-se apaixonada por Paulo, ela agiu.
Deu um passo à frente e enlaçou o cunhado pela cintura, olhando-o nos olhos. Paulo tinha um olhar indecifrável. Então, como em uma cena de filme, Ana aproximou seus lábios dos lábios dele.
E Ana o beijou.
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