terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Eu sou brasileiro, sim!

  O bairrismo exagerado gera preconceito com quem é de fora, gera xenofobia, eu sei. Mas eu não vou falar de nada exagerado aqui. Vou falar sobre sentir orgulho do chão em que você nasceu. Sobre sentir orgulho em dizer de onde você vem. Sobre como é bonito quando as torcidas de Grêmio e Inter cantam no estádio "Ah, eu sou gaúcho!"

 Porque com o Brasil é diferente. Parece que deve ser feio ser brasileiro. Se você gostar do que é daqui, é porque é um alienado sem cultura. O primeiro-ministro cai na Itália com várias denúncias, mas lá é primeiro mundo. Aqui é que é o reino da corrupção.

Os países têm dificuldades para se organizar para as competições esportivas, mas vergonha mesmo é essa organização do Brasil para 2014. Só aqui existem impostos, corrupção, criminalidade, filas em hospitais. No resto do mundo tudo deve ser perfeito. O Brasil é que é o pior lugar do mundo, só tem samba e putaria, por isso deve ser tão feio ser brasileiro.

 Eu tô cansado de ser atulhado por tanta repetição. O brasileiro não tem cultura, dizem. Ah é? A cultura norte americana, endeusada por tantos, não tem as mesmas limitações que a nossa? Por acaso os filmes de Hollywood não são todos uma repetição uns dos outros, cheios de clichês? Aí é que está. Há um material mais caro por trás do que os OUTROS produzem.

O duplo sentido daqui não tem o status de uma Katy Perry, mas no fim dá tudo na mesma. O material externo é mais caro, mas no interno não muda muita coisa. Em uma de suas músicas, a norte-americana que todos acham ótima canta:

"Come on baby let me seewhat you're hiding underneathI wanna see your peacock, cock, cock..."
 Peacock" é literalmente "pavão", mas na música a palavra ganha outra conotação. Também são assim os clipes deles, tão cultos os americanos movidos a fast-food. Eu não quero diminuir nenhuma cultura, que fique claro. Mas então, paremos de diminuir a nossa, que, no final das contas, passa pelas mesmas influências  dos EUA, da Europa e de qualquer país do primeiro mundo. Porque hoje, o mundo é um só.

 E hoje, só hoje, eu prometo não me importar com o que vão pensar de mim. Eu prometo não ter vergonha. Eu prometo terminar este texto dizendo que eu sinto sim orgulho de ser brasileiro.

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