terça-feira, 30 de agosto de 2011

Doação de sangue na Rua Coberta

Será um dos atrativos da Semana da Cidadania, que será realizada de 1º a 7 de Setembro em Igrejinha. Participe, seja um doador e ajude a salvar vidas!

Local: Praça Dona Luísa
Data: 1º/09 (quinta-feira)
Horário: das 9 horas ao meio-dia e das 13h30 às 16 horas.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Retrô - A lógica dos grenais


Texto que postei aqui no blog no dia 16/05:

Não foi preciso acompanhar mais do que alguns pares de anos de Gre-Nais renhidos para compreender que há sim uma lógica nesses confrontos.

Diz-se que em Gre-Nal não há favorito.

Há.

O favorito para ganhar um Gre-Nal sempre será a equipe que não estiver sendo apontada pela mídia como favorita. Será a equipe que estiver cheia de problemas internos, que jogar na casa do adversário, que entrar em campo com o descrédito até de sua própria torcida.

Quanto maior o favoritismo de um dos times, maior a sua chance de perder o jogo.

Essa é a lógica dos grenais.

sábado, 27 de agosto de 2011

Charge da semana


                                                O futuro da escola
 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Brita, a herança maldita


Já que a nossa história recente é sempre muito descuidada pelos estudiosos, vamos relembrar algumas coisas. Durante o governo de Antônio Britto no Rio Grande do Sul, há uns 15 anos, foram criados pólos rodoviários privados, que receberam a concessão de pedágios.

É o que aconteceu aqui com a nossa ERS-115, que ficou de responsabilidade da Brita Rodovias, que tinha SÓ O COMPROMISSO DE MANTER a estrada em boas condições, e que para isso sempre cobrou valores exorbitantes de pedágios.

O que aconteceu agora? A estrada está em frangalhos graças à INCOMPETÊNCIA da concessionária, e acabou sendo interditada, prejudicando toda a região.

Então, o que vai ser feito, incrivelmente, é que a Brita, para cumprir a sua OBRIGAÇÃO de consertar a estrada, vai cobrar a mais por isso. O dinheiro vai sair dos nossos bolsos, seja pagando impostos mais caros ou com abonos do governo para a empresa.

Eu não tenho a menor dúvida de que neste tipo de concessão, muita gente no governo sai ganhando e continua enchendo os bolsos por muito tempo com o nosso suado dinheiro.

 E não são os representantes que participaram da Audiência Pública desta semana, aqueles “coitados”, como muito bem definiu Erni Engelmann.

Parabéns pra vocês. Parabéns aos gênios de como se dar bem as custas dos outros. Parabéns pra corja do ex-governador Antônio Brito, que é o que existe de pior na história recente do Rio Grande. Alías, o homem saiu da vida pública por quê? Será que já enriqueceu o suficiente ou se deu conta de que hoje não seria eleito nem como síndico de um prédio?

Então, gênios, experimentem agora dormir sem a cabeça pesar nem um pouquinho no travesseiro.

Comprem isso com o dinheiro de vocês. 


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Crianças de circo


Ontem à noite eu perguntei pra minha mãe se ela lembrava o que eu queria ser quando tinha 5 anos de idade, mas claro, ela não lembrava: “Ai, Felipe, quanto tu era criança tu quis ser de tudo: médico, soldado, e até político!”

Isso confirma a minha tese de que criança não sabe o que quer, simplesmente porque...é criança. Então, quando aquela menina que se apresentou por essas terras no sábado, quando ela começou a apresentar-se em circo, ela tinha apenas 5 anos de idade, e também não devia saber o que queria da vida.

Hoje, se você perguntar para ela, é possível e até previsível que ela diga que ama a vida circense. Como poderia pensar diferente, se jamais teve outra perspectiva? Agora, o que mais me deixa indignado é saber o quanto isso mee com o algo tão importante na infância: o estudo.

E isso acontece por força da Legislação. A Lei 301/1948 ampara filhos de artistas de circo e militares, para que eles tenham uma vaga garantida em qualquer instituição estadual, mediante a apresentação do certificado de matrícula da escola da última localidade por onde tenham passado.

Olhem esse trecho que eu encontrei na internet:
"Tem lugares que a criança estuda só terça, quarta e quinta, e na sexta o circo vai embora. Eu mesmo terminei o segundo grau assim”, conta Marlon Pires, palhaço do circo Stankowich.

Você não precisa ser nenhum pedagogo para deduzir que estudar a cada semana em um colégio diferente prejudica o aprendizado de qualquer aluno. Ou pior, anula o aprendizado de qualquer aluno.

É assim que são as coisas. Os pais não querem deixar que outra pessoa tome conta de seu filho, mas também não querem sair do circo. O que fazem, então? Levam as crianças junto, e elas que aprendam a amar a arte circense, porque se elas não amarem...bem, elas não tem essa opção.

Já proibiram os animais em circos, mas nas crianças ninguém fala nada. No Brasil é assim. Mais fácil encontrar quem defenda os direitos dos animais do que quem defenda os direitos humanos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Os olhos de Mel (parte 2)


Mais uma vez, Mel pensou primeiro em Toni. Pensou no amado com a ternura de sempre e decidiu não incomodá-lo com o problema, decidiu passar sozinha por aquela dor. Toni já vivia tão atarefado, porque preocupa-lo com algo sem solução?

Os dias passavam, Mel emagrecia cada vez mais, perdia a cor, perdia as forças, mas Toni nada percebia. Toni sabia que quando chegasse em casa haveria um prato quente de comida lhe esperando, sabia que o pijama estaria cuidadosamente dobrado, e além do mais, ele estava tão cansado naqueles últimos tempos, não poderia dar muita atenção para a vida doméstica.

Naquela madrugada de terça-feira, Mel sentiu-se ainda mais fraca do que o habitual. Os ruídos no banheiro indicavam que Toni preparava-se para tomar banho. Que horas seriam? Cinco da manhã talvez. Pela primeira vez em vários meses, Mel cogitou a possibilidade de não preparar o desjejum do namorado.

Mas não. Toni não poderia sair de casa sem se alimentar, e além do mais ele poderia ficar decepcionado. Com muito esforço, Mel conseguiu soerguer-se da cama e arrastar-se até a cozinha, onde com extrema dificuldade deixou tudo pronto a tempo.

Toni entrou na cozinha, resmungou um ‘diaa’ e já saia comendo uma banana, quando Mel lhe chamou:

- Não vai tomar café?

- Bah, to atrasado – falou com a boca cheia, sem nem olhar para a namorada.

-É que eu não estou me sentindo muito bem... – começou, vacilante – Será que tu não podias ficar em casa hoje comigo?

Toni olhou para a namorada, uma ruga formando-se em sua testa. Diante dele não havia mais a bela garota por quem ele havia se apaixonado, apenas uma figura precocemente envelhecida. Os olhos de Mel, antes tão vivos e verdes, agora estavam desbotados.

- Não tem como, Mel. To cheio de serviço hoje... Beijo! – gritou a última palavra, já do corredor.

Passavam das dez da noite quando Toni voltou para casa, cansado, como sempre. Na sala, Mel estava caída, uma foto do casal ao lado do rosto trigueiro. Possivelmente a última imagem que ela vira com seus destacados olhos verdes. Olhos que agora estavam vidrados.

Toni, ao se deparar com a cena, refletiu sobre todas essas coisas e saiu da casa. Saiu para nunca mais voltar.

Os olhos de Mel (parte 1)


Mel era uma menina em tudo doce, em tudo meiga, em tudo suave. Talvez isso despertasse nos homens algum desejo mais forte, talvez os homens simplesmente dessem em cima dela porque, afinal, os homens dão em cima das mulheres mesmo.

Mas Mel repelia a todos. Mel, é importante que se diga, tinha uma característica que a diferenciava de todas as outras garotas da escola: era dona de estupendos olhos verdes. Sabe aqueles olhos em que você mergulha, se perde e quase se afoga? Pois é.

Então, quando Mel, que sempre rejeitava os homens com o mesmo desdém de um gremista recusando uma camisa colorada, quando Mel, com seus olhos de esmeralda, viu Toni pela primeira vez, ela teve a certeza de que aquele era o homem da sua vida.

E de fato, não tardou para que começassem a namorar. Toni era do tipo relapso, esquecia datas, quase nunca tinha dinheiro para presentes, mas Mel amava-o loucamente, e loucamente mimava-o com visitinhas surpresinhas, perfuminhos, massagensinhas, você sabe.

Depois de alguns anos, quando Toni começou a prosperar em sua vida de advogado recém formado, Mel decidiu ajuda-lo ainda mais. Pensava em filhos, em casamento, em viajarem juntos talvez, mas não, ela sabia que aquele era o momento de ajudar ao namorado.

E Mel o ajudou. Foi guerreira como só uma mulher pode ser. Deixou de comprar roupas novas, de arrumar-se, vivia para Toni. Os resultados apareciam. Depois de muito esforço, o advogado conseguiu comprar um apartamento no Centro da cidade para receber seus clientes, com livros de grandes lombadas, poltronas confortáveis, ar-condicionado e essas frescuras todas.

Mel animava-se por isso, mas sentia-se cada dia mais desanimada. Cada dia mais fraca, Mel adoecia lentamente. Toni saía cedo de casa e chegava tarde da noite, não tinha mais tempo sequer para fitar os olhos da amada, olhos que já haviam fascinado tantos homens e despertado tanta inveja.

Até que em um dia bonito de sol, o universo de Mel escureceu. A descoberta da leucemia parecia uma brincadeira de mau gosto, não era possível que ela, tão jovem, tão cheia de vida, pudesse estar em um estado tão avançado da doença, tão próxima do fim.

Prova de gincana?

Me deparei hoje pela manhã com algo estranho perto da Rua Coberta. Cheguei a pensar que talvez fosse uma prova de gincana, sabe, ter que descobrir ONDE é o tal do circo que chegou em Igrejinha, ou talvez adivinhar qual o preço da entrada, mas não, os organizadores de gincana daqui são muito, mas muito mais inteligentes.

Então, pra um circo, até que esse pessoal tá no caminho certo. A divulgação é uma palhaçada.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O que há por trás do que você diz


Em Teorias do Texto estamos aprendendo sobre o Dialogismo, e eu to gostando tanto da forma com que a professora Marinês Kunz está explicando o conteúdo que eu resolvi postar aqui.

Resumindo muuuito bem resumido: a teoria de Bakhtin afirma que nenhum anunciado, nada do que a gente fala, é novo. Tudo está carregado de outras situações, experiências e enunciados. Em alguns casos é mais fácil compreender essa relação, por isso os exemplos de letras de músicas e algumas charges que temos visto em sala de aula facilitam a nossa vida.

Encontrei há pouco na internet uma charge que estabelece um dialogismo claro entre o trabalho do cartunista e o filme Naufrago, em que a personagem principal está abandonada em uma ilha e cria Wilson, um amigo imaginário, para que possa ter alguém com quem “conversar” e que lhe ajuda a manter a lucidez.

Esse é o conceito do dialogismo. Os enunciados conversam entre si. Capisci?


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Uma rota alternativa


A sua vida está cada vez mais corrida. Você não dorme oito horas por dia, come comida instantânea, compra pacotes de internet mais rápida, você odeia filas, se estressa por aqueles segundos parados no sinal vermelho.

 Ter que esperar lhe impacienta. Esperar o médico, o ônibus, o atendimento, ficar na linha até a atendente falar com você, tudo isso é perda de tempo para você.

  Com tantas invenções, facilidades, com a diminuição das distâncias, o fim das fronteiras, o resultado foi paradoxal: não temos mais tempo pra nada, não temos mais tempo a perder.

Por isso, com esse transtorno da interdição da ERS-115, você vai perder tempo se quiser subir a Serra, é verdade, mas pode fazer isso de um jeito menos estressante. Na Estrada Geral de Serra Grande existem 14 quilômetros de estrada de chão e o restante em asfalto, tudo muito bem conservado. Quem já andou por ali garante que o local possui uma bela paisagem.

A Prefeitura de Igrejinha deve divulgar um mapa com a rota alternativa em seu site ainda nesta semana. A solução é muito adequada, pois ao mesmo tempo em que estimula o turismo no interior do município, garante um menor prejuízo aos comerciantes situados à beira da rodovia.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dica de filme: Sobrenatural


Assisti no sábado ao filme Sobrenatural e algumas coisas me chamaram atenção, mas antes que me chamem de chato, já vou destacar: o filme é bom.

Poderia ser ótimo, ou muito bom, mas enfim, é muito difícil dirigir um filme de terror. Por exemplo, esse “Sobrenatural” vai muito bem, mas de repente aparecem dois caçadores de fantasmas atrapalhados, tentando injetar uma dose de humor no filme.

Isso nunca funciona. Filme de terror tem que ser só de terror, drama, e suspense. Pra misturar coisas que sejam muito diferentes, como romance ou humor, teria que ser em talvez em uma série, pois trabalhar com temas tão opostos em um mesmo filme não dá certo.

Ah, tem também a máscara de gás no meio de uma sessão espírita, totalmente desnecessária, mas enfim, são alguns detalhes. Eu gostei do filme, cheguei até a me assustar em uma parte do final – por causa do grito da Camila, mas enfim...E eu o recomendo. 


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A frieza dos números


Os números são frios. Frios e dissimulados, eu diria. Por isso eu escolhi a área das Ciências Humanas. Porque na Matemática, por exemplo, 2+2=4 é uma verdade irrefutável. O cálculo pode ser refeito mil vezes por mil gerações e o resultado será sempre o mesmo. É confortável assim.

Mas é sem graça também. Eu prefiro o que é mutável, instável, o que é humano. Vou provar como os números são frios. Compare:

A)“No Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, há superlotação em quase todas as áreas. Na noite de ontem, faltavam leitos para cerca de 30 pessoas, que aguardavam nos corredores, algumas há mais de 3 horas.”

B)“Maria estava sentada, protegendo no colo o pequeno Thiago, de três anos. O menino ardia em febre, mas não podia repousar com conforto por causa da falta de leitos. ‘Ele é a coisa mais importante que eu tenho’, contou a mãe, que quando perguntada sobre a falta de leito, falou com voz fraca: ‘é como se a gente não tivesse dignidade, moço.’ E uma lágrima rolou em seu rosto magro.”

O segundo caso é o que mais mexe com as pessoas, embora fale de um único paciente sem leito. No exemplo A, as “cerca de 30 pessoas” tornaram-se apenas um número, por isso chega a passar despercebida a gravidade da situação e até a revolta que ela deveria causar.

É assim que é. Os números são frios. Frios e dissimulados. Como esse 88º lugar do Brasil em educação no Ranking da Unesco. Esse número passa despercebido, mas cara, a gente não pode deixar de se revoltar com a gravidade 

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Velha história


A história que eu vou contar agora, eu tive que montá-la juntando fragmentos, porque ouvi de três versões diferentes: da minha mãe, do meu pai, e da minha avó. Apesar disso, acho que juntando tudo dá pra saber com exatidão o que aconteceu naquela tarde de fevereiro de 1993.

 O tempo ameaçava chover quando meu pai chegou. Tinha sido uma tarde mormacenta, e uma estrondosa chuva de verão se preparava para desabar sob Igrejinha. Meu pai foi recebido com a cara de poucos amigos da minha avó, que então já sabia que ele era casado. Quando entrou no quarto, encontrou a minha mãe, provavelmente em uma confusão de sentimentos, julgada pela família, solteira, com um filho para criar, sem apoio, sem ter para onde correr.

E, claro, eu também estava lá, deitado, provavelmente dormindo, que é o que os bebês gostam de fazer, imaginem só, um Luis banguelinha e chorão, que ainda não sabia andar ou falar.

O que o meu pai falou, no entanto, não eram palavras de ânimo. Ele havia decidido não me registrar, porque a sua mulher poderia descobrir que ele a traíra, que ele tinha um filho fora do casamento, ia ser uma confusão. Prometeu mandar dinheiro sempre que pudesse, mas não me assumiria.

A minha mãe, assustada, jurou que me levaria para o Mato Grosso, ameaçou que ele nunca mais veria o filho, talvez tenha chorado, eu já vi a minha mãe chorando, você sabe como isso é terrível para um filho. O meu pai acuado, já tinha contra ele a minha avó também, que pediu para que ele nunca mais pisasse naquela casa.

Talvez ele ainda tenha dado uma olhada para o berço onde eu estava, talvez até me embalado no colo, mas aquela foi a última vez que ele me viu em vários anos.

Porque eu conto essa historia, que de certa forma é também a minha história? Porque por várias vezes na minha vida eu pensei nas conseqüências desse dia. Um gesto apenas, só o ato covarde do meu pai e tudo se desenrolou assim. É possível que ele tenha se arrependido, é justo que tenha chances de se reaproximar, como já teve, mas nada apaga o que foi feito.

Até hoje eu não sei de onde a minha mãe tirou forças para me sustentar e educar tão bem. Nos últimos anos a gente teve aquele afastamento que é natural, eu já conto muito mais as minhas coisas para a Camila ou os meus amigos, mas apesar de algumas palavras mal colocadas, amor eu sei que nunca faltou.

Por isso, nesse Dia dos Pais, eu tenho que ser justo e homenagear a pessoa que não deixou a peteca cair em nenhum momento, que trabalhou sempre, que me amou mais do que a si mesma e que ajudou a formar o caráter e a pessoa que eu sou hoje.

Mãe, essa é a primeira vez que eu termino um texto emocionado. Mãe, muito obrigado por ter sido pai e mãe durante tanto tempo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Um brinde!


Acabou de me ligar aqui na Redação um leitor indiguinadíssimo, porque, imaginem só, o pessoal que faz a página do tempo no JI Região esqueceu de atualizar  a previsão para os próximos dias e acabou sendo publicada a previsão do tempo de sexta-feira passada.

É claro que sobrou para o degas aqui ouvir coisas como o leitor nos sugerindo a compra de um despertador, para pararmos “de dormir na hora do serviço”. Não vou entrar no mérito da reclamação, até porque você só exige algo quando acredita que a exigência pode ser cumprida, e se hoje os leitores do JIP são exigentes é porque essa equipe os acostumou a serem assim.

Mas o que fica martelando na minha cabeça é a troco de quê alguém liga para xingar ou ironizar quem está do outro lado da linha por causa de algo tão banal. Eu não sei se é a Civilização que nos tira a noção do que realmente importa e nos faz esbravejar por qualquer razão, mas a vida é tão rara, tão breve, que viver estressado é a coisa mais inútil que já inventaram.

Então, para selar a paz mundial entre as nações, proponho um brinde que também envolva todos os estressadinhos de Igrejinha! 

Com suco de maracujá, claro.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quem somos


A Equi Piratas é uma nova equipe, formada pela união de gincaneiros de escolas estaduais do município de Igrejinha, que nasceu com o objetivo de unir forças, conhecimentos e experiências.

   Através de membros corajosos e perspicazes, a equipe mostra a que veio já no seu lema, quando auto denomina-se vencedora, e com objetivos bem definidos: “...olhe para frente, lá eu vou”, é uma das passagens, que demonstra o sentido de convicção dos seus membros no trabalho que é desempenhado.

   A Equi Piratas não é apenas mais uma entre tantas, mas chega para marcar uma fase de grande e constante evolução nas gincanas da nossa região. O comprometimento de cada um dos gincaneiros que faz parte dessa equipe, aliado ao trabalho coletivo, irá alçar a equipe sempre para as primeiras colocações.

  Deste modo, com garra e organização, a Equi Piratas apresenta-se aos seus adversários, prometendo ser incansável na resolução de cada uma das tarefas apresentadas, e já orgulhosa por fazer parte da 1ª Gincana Municipal de uma cidade tão próspera e hospitaleira como nossa amada Igrejinha.

   Por isso, toda vez que você ouvir falar em “Piratas”, esqueça a definição clássica que vêm à sua mente. A partir de agora, em Igrejinha, “Piratas” é sinônimo de equipe unida e vencedora!


"Olhe pra cima lá estou, olhe pra frente, lá eu vou! Somos piratas, nosso lema é ganhar, piratas para sempre em primeiro lugar".

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Retrô - Poderia ser eu, poderia ser você

Texto que escrevi em junho de 2010.


As cenas iniciais do filme “Sobrevivendo com lobos” podem ser consideradas bem corriqueiras se comparadas com o resto do filme. Quem vê Misha, a garota magricela entristecida por não poder sair de casa e brincar com as outras crianças, não pode imaginar toda a sua força e os obstáculos que ela terá de superar.

 O filme estampa uma paisagem com o fundo quase sempre nublado, cinza. Cinza era a cor da Europa em tempos de Segunda Guerra Mundial. Fala da história de uma criança judia que viveu na Alemanha nazista, mas poderia ser a história de qualquer judeu que lá viveu naquela época, desde que a ideia dos produtores fosse passar para o público um enredo de perseguição e sofrimento.

E é isso mesmo. Os idealizadores acertaram em cheio na forma de lidar com o tema. Misha tenta encontrar sua família, e essa é uma busca difícil, com raros momentos de sorte, onde imperam sempre sentimentos como o medo e a saudade. Não poderia ser de outra forma. Como sensibilizar os espectadores sobre algo que aconteceu há anto tempo atrás, se não com cenas fortes, nuas e cruas? Seria possível falar serenamente de algo que foi tão cruel?

Eu o recomendo a todos que querem ter uma visão menos superficial sobre o assunto. Eu, você, não temos nada a ver com preconceitos de líderes truculentos, xenofobias, guerras, nada disso. Misha, a menina magricela com tranças no cabelo, também não tinha.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Classes sociais nas Universidades Federais


Acabo de ler uma matéria no site da Zero Hora que me deixou tão irritado que tive de vir aqui para fazer um protesto público.

A Região Sul é a região brasileira com menor percentual (33%) de alunos de baixa renda (classes C, D e E) em universidades federais. Isso só vem corroborar o que eu já venho dizendo há algum tempo: é muito difícil para um aluno de origem humilde chegar em uma UFRGS.

O problema não está na hora da distribuição de vagas, como muitos pensam, e nem pode ser resolvido com o sistema de cotas. O problema está lá nos anos iniciais, onde os alunos de escolas públicas estudam em ambientes com estrutura física precária, com professores desmotivados pelos baixos salários e parcos investimentos no setor.

É óbvio que o rico não é mais inteligente do que o pobre. E é óbvio também que um pobre pode vencer um rico na luta por uma vaga. Mas é uma luta desigual. O rico tem boas escolas, cursos de idiomas, acesso a todo tipo de modernidade, cursinhos pré-vestibular, e o pobre tem a escola pública. Ou seja, o rico tem um tanque de guerra ao seu dispor. O pobre, apenas um cavalo encilhado e uma espada.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sons que não conhecemos e aquisição de L2

Ontem assisti a primeira aula da disciplina de “Fonética e Fonologia da Língua Inglesa”, com a professora Valéria, e tenho certeza que a matéria vai agregar muitas coisas interessantes. Vai ser bem puxado pra quem ainda não domina o inglês, – como o degas aqui – mas como ela mesmo disse “com bastante esforço a gente chega lá!”.

Eu lembrei do livro que a gente usava na 1ª Série: “Eu chego lá!”. E cheguei mesmo, porque aprendi a ler e escrever antes da maioria da turma (aplausos).

Bueno, mas quero deixar o registro de que o que mais me chamou atenção é que a maior dificuldade na aquisição de L2(ou 3,4,5...) é a aquisição de sons que o nosso sistema fonético não possui. Em tempo, o português possui oito sons diferentes para as cinco vogais. No inglês, são vinte.

Li em algum lugar, que depois de aprender uma segunda língua fica mais fácil aprender uma terceira, porque você tem mais facilidade para reconhecer os universais lingüísticos que já estavam presentes nas duas primeiras.

Mas pelo menos no início, eu acho que não. Várias vezes ontem na aula quando eu tinha que pensar em alguma palavra em inglês, ela chegava na minha cabeça antes em espanhol. A Camila já me disse que com ela acontece isso, mas com o inglês chegando antes.

Acho que é uma dificuldade natural no início. Até porque, como as línguas são bem diferentes, é só uma questão de hábito. Então o cérebro está mais acostumado a puxar pela segunda língua, não pela terceira.

Assistimos a um vídeo muito engraçado sobre as sutis diferenças de uma língua e como elas podem confundir o falante. Vale a pena conferir:    

Link do vídeo.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

O que eu vou ler

Ontem à noite na aula de apresentação de Sociologia o professor Valdir Pedde nos indicou como leitura complementar o livro "O que é Alienação?", de Wanderley Codo. Me interessei pelo título e vou lê-lo.
 Nos próximos dias compartilho algumas impressões aqui no blog. Aliás, eu tenho lido muito pouco este ano, não sei se por falta de tempo, mas to precisando retomar a leitura. E vou!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Caindo os butiá do bolso


Um jornal de grande circulação na região colocou ontem entre suas manchetes de capa: “Voto distrital ganha campanha nas redes sociais”. Só pude entrar hoje no tuíter para seguir o tal @votodistrital_ e já me caiu os butiá do bolso.

Sabem quantos seguidores a conta tem?

Nove.

Sim, eu disse NO-VE.

Uma palavrinha simples. Duas sílabas, quatro letras, vogais e consoantes em harmonia, mas acima de tudo, uma vergonha.

Nove seguidores? Essa campanha a favor do voto distrital pode dar certo, e tomara que dê, mas precisa do apoio das massas e a internet é uma importante ferramenta para mostrar mobilização.

Com essa apatia o Brasil não teria saído da Ditadura, não estaria votando para presidente em eleições diretas e não teria tirado Collor do poder. E francamente, com essa apatia, a campanha pelo voto distrital corre o risco de sucumbir antes mesmo de alçar vôo.