quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Classes sociais nas Universidades Federais


Acabo de ler uma matéria no site da Zero Hora que me deixou tão irritado que tive de vir aqui para fazer um protesto público.

A Região Sul é a região brasileira com menor percentual (33%) de alunos de baixa renda (classes C, D e E) em universidades federais. Isso só vem corroborar o que eu já venho dizendo há algum tempo: é muito difícil para um aluno de origem humilde chegar em uma UFRGS.

O problema não está na hora da distribuição de vagas, como muitos pensam, e nem pode ser resolvido com o sistema de cotas. O problema está lá nos anos iniciais, onde os alunos de escolas públicas estudam em ambientes com estrutura física precária, com professores desmotivados pelos baixos salários e parcos investimentos no setor.

É óbvio que o rico não é mais inteligente do que o pobre. E é óbvio também que um pobre pode vencer um rico na luta por uma vaga. Mas é uma luta desigual. O rico tem boas escolas, cursos de idiomas, acesso a todo tipo de modernidade, cursinhos pré-vestibular, e o pobre tem a escola pública. Ou seja, o rico tem um tanque de guerra ao seu dispor. O pobre, apenas um cavalo encilhado e uma espada.

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