sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ligação anônima (capítulo 1)

- Eu sei de tudo - disse a voz do outro lado da linha.

-Quem está falando!?

-De tuuudo... - repetiu, enfatizando as vogais da última palavra.

E desligou.

Arthur contemplou a tela do computador por três minutos inteiros, quase sem piscar. Alguém sabia. Sabia de tudo. Ele estava perdido.

Mas como a história se espalhara? E tão depressa? Quem havia sido o delator? E com que interesse?

Com os dedos trêmulos, Arthur, chegou a ligar para o número da esposa, apenas para dizer que a amava, mas desistiu. Ele estava nervoso, na certa ela perceberia. Mas que ele a amava, era verdade. Amava-a com todas as suas forças, amava mais do que a si mesmo, seria capaz de dar a vida por Rita, todos sabiam disso, de sua adoração pela esposa, de sua dedicação, de sua...

Mas não. Ele era um covarde. Era isso o que era.

Em quase dez anos de casamento, jamais sequer ousara olhar para outra mulher, trair a sua Ritinha, a mulher de sua vida, jamais havia passado pela cabeça do fidelíssimo Arthur. Até que...

Os amigos do escritório o convenceram a ir na despedida de solteiro de Cléber, um de seus melhores amigos. Arthur foi, ainda que a contragosto. Sabia como eram essas festas.

Como os amigos lhe forçavam a beber, Arthur apenas tomava pequenos goles, fingindo beber mais. Mas ele sempre fora fraco para bebida, e quando começou o show de strip-tease das dançarinas, ele já sentia os efeitos da leve tontura causada pelo álcool.

Arthur achou as mulheres vulgares em um primeiro instante, mas logo seus corpos rijos e cheios de juventude fizeram-no esquecer esse pensamento. Parecia hipnotizado. O que era aquela japonesinha? Minha Nooooooossssa Senhoraa.. E Arthur, ainda hipnotizado, começou a beber de verdade, e entre taças de Jhony Walker e gritos de incentivo dos amigos ao seu redor, esqueceu-se de tudo e acordou horas depois.

Entre a ruiva e a japonesinha.

Nu.

Agora, à luz do dia, elas pareciam-lhe francamente sem sal. Os raios do sol lhes acentuavam imperfeições que haviam ficado depercebidas na noite anterior.

- O que houve? - perguntou com voz fraca, sentindo a boca muito amarga.

- Os seus amigos praticamente empurraram você até aqui - explicou a loirinha, acordando também- Você só falava numa tal de Rita, mas não resistiu, os homens nunca resistem sabe, em geral a cabeça de baixo fala mais alto. Mas depois que terminou foi chato, você começou a chorar como uma criança. Sei lá, eu tava meio bêbada também. Aí nós cochilamos...-finalizou a loira, reprimindo um bocejo.

Era o pior dia da vida de Arthur. Ele traíra a pessoa que mais amava, traíra como um rato imundo, e não sabia como conseguiria um dia se perdoar por tamanha fraqueza. E agora, apenas dois dias depois, aquela ligação. Alguém mais sabia, alguém que não deveria saber.

Alguém sabia de tudo.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Os verdadeiros culpados

Eu abro este texto com o trecho de uma notícia da edição atual do Jornal Integração, que está na página 14 do JI Região:

"Caminhão carregado de cerveja tomba e é saqueado por populares (...) A vontade de beber sem precisar pagar era tamanha que alguns chegavam a andar de chinelos sobre a montanha de cacos de vidros, arriscando sofrer graves ferimentos. Pelo menos um dos aventureiros acabou machucado, quando quase não havia o que levar , o jovem caiu sobre as muitas garrafas quebradas e teve o braço perfurado."

O que fizeram as pessoas que saquearam a carga tombada no dia 16, ali em Taquara, a atitude dessas pessoas representa também o comportamento da maioria da população do nosso país: querer levar vantagem em tudo. Essas pessoas, se elas estivessem em um cargo público de alto escalão, não pensariam duas vezes antes de beneficiarem a si próprias, e só depois pensar no bem comum.

O Brasil já tem os seus vilões bem definidos: os governantes, os chefes, as autoridades. A responsabilidade é toda "Deles". Mas quando toda a estrutura é falha, quando todos os segmentos da sociedade são marcados por corrupção em maior ou menor escala, quando a ética se torna artigo de luxo em uma pessoa, então a culpa não é apenas "deles".

No país inteiro, os caminhões que tombam nas estradas são saqueados pelas comunidades que vivem à beira das rodovias e pelos outros motoristas. É o povo que faz tudo isso. Não são os governantes que estão roubando motoristas acidentados ou invadindo casas, supermercados e depósitos. Não são "Eles". É o brasileiro. O povo. Por sua conta e iniciativa, sem que ninguém ordene ou o obrigue.

O problema é esse, quando os valores da sociedade geram a corrupção. Aí fica difícil de identificá-los, os corruptos, porque eles estão em toda parte. Eles estão no meio de nós.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Castrando gênios

Houve um grande estudo recente sobre pensamento divergente, que é a habilidade de ver várias respostas possíveis para uma mesma questão. Entre crianças entre 3 e 5 anos, 98%  foram consideradas gênios do pensamento divergente. Entre 5 e 8 anos, o número caiu para 32%. De 13 a 15 anos, 10%.
Isso mostra duas coisas:

1) Nós todos temos essa capacidade.

2) Em geral, ela se deteriora. Entre outros motivos, porque as crianças passam dez anos na escola ouvindo que existe apenas uma só resposta certa para cada  pergunta.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que a Matemática ensina

Hoje aqui na Fundação haviam duas meninas estudando. Pior: estudando matemática. Só de lembrar de uma delas falando em "xis ao quadrado" eu já sinto vertigens. Não tenho nada contra a matemática. Até gosto. Mas gostava de aprender na escola a matemática que eu iria usar no futuro, tipo juros simples e composto e talicoisa.

E isso a gente viu rapidamente na oitava série e só. Eu olhava as professoras falando em "arestas de um poliedro" e pensava "porque eu aprendo isso, meu Deus?" e começava a ficar com o pensamento longe, longe...

Como eu comentei com o Mano no domingo: há um ano nós nos preocupávamos com esses conteúdos, deixávamos de fazer outras coisas para estudar para a prova, arrancávamos os fios de cabelo para decorar fórmulas. Mas hoje, nem lembramos mais como se começa a conta. Mas isso também não faz diferença, porque não nos é exigido (e duvido que algum dia seja) saber nada disso.

O que me faz pensar que nos preocupamos demasiadamente com algumas coisas que, pouco tempo depois, não têm mais importância alguma. É bom ter consciência disso, porque então percebemos que muitas palavras duras na verdade não precisam ser ditas, que muitos gestos de irritação podem sim ser controlados e que, GRAÇAS A DEUS, a gente sempre pode dizer que "um dia vai rir disso tudo", mesmo nos momentos das piores crises.

sábado, 17 de setembro de 2011

Retrô - O mesmo jardim

Esse texto é recente, faz menos de seis meses que eu escrevi.

O velho sorriu ao aproximar-se do velho banco de madeira embaixo da grande figueira. A mesma figueira que fora testemunha de seus namoros da juventude. Há quantos anos? Cinqüenta? O velho não lembra... As lembranças se tornaram difusas há algum tempo... Sim, existe uma cumplicidade entre o velho e a árvore, são antigos conhecidos. É estranho, com o banco não há a mesma relação...O banco velho é apenas um banco velho. Mas foi ali que as primeiras carícias com Rosa aconteceram. O primeiro beijo. Com Rosa tudo fora muito diferente, não havia a mesma malícia de outras namoradas. Com as outras eram beijos sôfregos e mãos ávidas buscando as coxas macias e o sexo úmido, mãos desbravadoras que eram recompensadas depois de muita insistência com um par de seios jamais tocado antes.

Rosa era diferente. Rosa era pra casar, pensava ele sempre, e sempre a paparicava e sempre sonhava com os anos vindouros em que seriam muito felizes, teriam filhos, seriam um só.

Rosa era pra casar. Com esse pensamento, o velho, que então não era velho, mas sim jovem e sonhador como só a juventude consegue ser, com esse pensamento ele trabalhou como um mouro, economizou como um velhote sovina e conseguiu dinheiro. Seria uma vida simples, está certo. Mas seriam felizes. De que lhe importavam os inúmeros problemas financeiros que poderiam surgir num futuro distante, se naquele momento eles poderiam estar juntos, bem e felizes?

Rosa era pra casar. Pois muito bem. Estavam todos de acordo. O pai de Rosa, pouco apegado à filha, parecia feliz em livrar-se da moça. A mãe era só contentamento por imaginar a filha entrando na igreja. Ah, claro Rosa estava de acordo também, queria casar-se, mas sua opinião pesava menos na decisão.
Estava tudo pronto. O velho lembra. Já relembrou muitas vezes, em outras tantas manhãs. Com dificuldade, tenta sentar-se no banco de madeira. Desiste. Estava tudo pronto. Ele lembra da ansiedade em possuir o corpo jovem de Rosa mesclada com o medo de machucá-la. Tão sensual e tão frágil...Estava tudo pronto. Faltavam poucos dias.

Mas não casaram.

Não casaram e tudo poderia ser tão diferente que é impossível imaginar que rumo a vida do velho teria tomado se o casamento tivesse acontecido. Como seriam os caminhos de ambos se Rosa não tivesse caído de cama dois dias antes do casamento. As tias culpavam o nervosismo no início, mas durante dez dias, dez longos e intermináveis dias, Rosa ardeu em febre, delirou, perdeu peso e morreu no décimo primeiro dia, horas depois da chegada de um médico que nada pôde fazer.

- Por que não me chamaram antes? – perguntara o doutor. Ninguém sabia.

Uma lágrima vagarosa e solitária brota nos olhos do velho e rola sem pudor pela face enrugada. O velho não pensa em enxugá-la. Ergue lentamente o olhar que estava fixo no banco.

Ao longe, a cena parece saída de um quadro, pintada a óleo. O velho sorri ao aproximar-se do velho banco de madeira embaixo da grande figueira. É um sorriso feliz, ele sabe. E sabe também, sem saber como, o quanto há de melancolia na felicidade.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Simples como uma lambreta

Quando o Damião quase fez aquele que seria um gol histórico contra a Argentina, um amigo meu cometou: "Olhando o replay parece ser fácil fazer essa jogada". Eu diria mais: e É fácil. Para o Damião, é claro. Porque para quem sabe, tudo é simples.
  
Afinal, a música, o texto, o quadro, a escultura ou o gol são construídos com gestos econômicos, sem muito dispêndio de energia, quase que casualmente.

Mas nem tudo é fácil. Para algumas coisas é preciso mais do que ser talentoso, é preciso, acima de tudo, tempo.

Pobre Tarso Genro, pobre de qualquer pessoa que assuma a cadeira de governador deste nosso defassado Rio Grande. Aqui todos os setores precisam de mais valorização, maiores salários, e todos precisam disso pra ontem.

Mas infelizmente, nem tudo é tão simples quanto fazer um gol depois de dar uma lambreta em um argentino. Não existe varinha de condão ou passe de mágica que faça uma casa tão bagunçada se organizar rapidamente, nem administrador algum que faça milagre.

O que é preciso haver são pessoas com bom senso, dispostas a dialogar e chegar a um acordo que beneficie a todos. Até porque, com baderna não se chega a lugar algum.


Em protesto por melhores salários, PMs causaram tumulto

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O que é democracia?

Ontem eu ouvi da Doutora em História e diretora do Instituto de Ciências Humanas, Letras e Artes da Feevale,  Cristina Ennes da Silva, que o conceito de democracia não é tão amplo como eu imagino. Como eu acho muito bom analisar o que dizem as pessoas inteligentes, porque daí é que saem também as ideias inteligentes, fiquei refletindo sobre o que ela me disse.

Será? Será que tudo o que eu sempre imaginei como sendo democracia na verdade não é nada do que eu imaginava que era? Vamos ver o que diz o dicionário:

De.mo.cra.cia ("demo+kratos") Regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos direta ou indiretamente.

Pois bem. Eu não fui consultado sobre a troca de Campus do meu curso. Eu não elegi ninguém para me representar, por isso também não pude decidir indiretamente. Então a decisão foi institucional. Está errado isso? Não. A Feevale tem autonomia para isso. Mas que fique claro então, que é uma decisão tomada sem se preocupar com o que os alunos pensam. Então, continuo pensando que não é democrática.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Me despedindo


 Estou me despedindo do Jornal Integração e quero deixar registrado o meu orgulho em ter feito parte dessa equipe durante esses nove meses. Com alguns tive mais contato, com outros nem tanto, mas a todos que sempre me apoiaram e puderam contar com o meu apoio, o meu sincero agradecimento.

 Então, deixo um abraço apertado ao nosso editor-chefe Fernando (que tem cara de brabo, mas sempre me tratou muito bem), à colega Lidiani, que deu um toque feminino à Redação, além de ser uma excelente repórter, ao Cláudio e a Iva, que sempre nos deram muita tranqüilidade pra trabalhar (além do pagamento ser pago religiosamente em dia!), ao Vanderlei, que coordena essa equipe toda muito bem, e estendo o abraço a toda a equipe e colaboradores do JIP.

 É sempre mais difícil sair de um emprego em que você se sente bem e faz o que gosta, mas o momento é de sair da zona de conforto e encarar novos desafios. Quanto ao jornal, não há concorrente páreo na região, e tenho certeza que o trabalho árduo que está sendo desenvolvido a mais de 2 anos e meio ainda dará grandes frutos.

 Bueno, sucesso a todos nós. Entremos com trabalho e dedicação, que o resto será conseqüência.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Histórias da Feevale - olhar de cachorro pidão


Na semana passada eu já cheguei na Feevale me martirizando: havia esquecido o dinheiro em casa e bateu aquela fome. Fui até o Tiririca com uma mísera moeda de um real, já sabendo que lá ela não poderia me ajudar muito.

Por fim, comprei uma dessas rapadurinhas de 75 centavos, que são baratinhas e enganam bem o estômago. Olhei para o relógio: 19h15. Sim, dava tempo. Resolvi dar uma folheada no Correio do Povo, e por ali fiquei, e enquanto lia as amenidades da vida, a absolvição da Jaqueline Roriz e a resistência do Kadafi, enquanto eu lia essas coisas leves eu baixei a guarda e também a mão que eu segurava a rapadurinha.

De repente, senti algo molhado e ao mesmo tempo meio áspero na minha mão. Olhei pra baixo e não acreditei: um cachorro desses bem peludões tinha dado uma lambida na minha rapadura, mas uma lambida vigorosa, cheia de saliva. 

Que desgraçado! #$%@#! Tive ímpetos de falar pro tal cachorro umas verdades bem no fuço dele, dizer que a mãe dele é uma baita de uma cadela e dizer-lhe todos os palavrões que me viessem à cabeça, mas me contive, você sabe, os defensores dos animais estão em toda parte, e há boatos de que muitos deles são perigosos.

Quando eu levantei pra colocar a rapadurinha lambida no lixo, o cachorro me olhou com uns olhos que não têm como descrever de outra forma: olhos de cachorro pidão. Eu encarei ele, ainda irritado, e ele continuou com aqueles olhões arregalados, olhos suavemente tristes, olhos de quem já foi muito maltratado.

O olhar dele me desarmou. Me abaixei e dei o que restava da rapadurinha pro cão esfomeado, que só teve um abano de rabo para me agradecer, mas juro que isso tudo conseguiu melhor a minha noite.

Assim é a vida. Às vezes é preciso trocar metade de uma rapadura para que algo tão singelo como a alegria de um cachorro abandonado aconteça. E às vezes vale a pena.

Na Feevale, os cachorros fazem parte da vida acadêmica
 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Retrô - O mais importante

Este foi escrito pelo degas aqui no dia 26 de abril.

Eu poderia escrever várias páginas sobre a tragédia do último final de semana na Saibreira, mas não há nada que já não tenha sido exaustivamente falado e comentado e repetido e distorcido como essa história.

Porém, eu não posso deixar de falar sobre um pensamento que me ocorreu no cemitério, na hora do sepultamento.

O pessoal da igreja cantava aquela música “Nossa Senhora, me dê a mão...”, outros tantos choravam, e na minha cabeça veio o seguinte: esses corpos dentro dos caixões tinham vida há dois dias, podiam correr, falar gritar, brigar, amar... E agora?

Agora resta a dor de quem ficou e as lembranças. Mortes trágicas me remetem sempre ao mesmo raciocínio: poderia ser qualquer um de nós.

Eu, você, o vizinho.

Eu não me preocupo com um ataque do coração. Isso é algo distante de mim. Mas um raio em uma tempestade, um acidente no trânsito, uma bala perdida que seja...Nada disso está distante de nós.

 Você está dormindo tranquilamente às seis da manhã de um sábado, em uma área que jamais, eu disse JAMAIS foi considerada de risco... E, de repente, tudo desaba.

 Nunca estamos preparados pra perder alguém próximo.

 Estamos menos preparados ainda para assimilar que podemos morrer no momento seguinte. Nós fazemos planos, projeções, nos privamos de tanto coisa, sempre pensando em um futuro que pode nem chegar, e mesmo quando chega, nunca sai conforme o planejado.

Sábia mesmo é a letra de uma música do Charlie Brown Jr. que diz que “podem tirar tudo o que eu tenho, só não podem me tirar as coisas boas que já fiz pra quem eu amo...”. Porque no final de contas é apenas isso que resta. Estudar, guardar dinheiro, adquirir conhecimento, status, bens matérias...tudo isso é importante. Mas nada disso é o mais importante.

O mais importante são os beijos longos de despedida, as palavras carinhosas, os gestos simples, a parceria, o olhar que nada diz, mas tudo compreende. O mais importante é tudo aquilo que deixamos no coração de quem a gente ama.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Piratas campeã!

O título de campeã da nossa equipe foi mais uma vez a justiça sendo feita a quem soube aliar empenho com organização e espírito de equipe. Juntando esses três ingredientes é gol do Brasil, fica muito difícil não vencer assim.

Nessa hora, além de pagar as contas, é claro, é importante reconhecer o trabalho e o empenho de todos que deram o melhor de si para o grupo. E nesses momentos eu lembro do que eu falei pra minha equipe quando a Titãs foi campeã no ano passado: “Vale a pena lutar, vale a pena se esforçar por aquilo que a gente quer, porque quando a gente busca com garra e com honestidade, a gente CONQUISTA!”.

Parabéns, Piratas de Igrejinha!


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vai ter gincana!

Eu não poderia deixar de usar este espaço para citar a nossa Gincana Municipal, que será realizada a partir de amanhã. Aliás, é bem provável que na próxima postagem eu já possa colocar a equipe vencedora (e tomara que seja a Piratas!).

Eventos como esse são fundamentais para que seja estimulada a disputa sadia entre as equipes e, afinal de contas, é quando os jovens mais exercitam o raciocínio e a lógica de forma espontânea.

Louro José é o mascote da nosse equipe, e creio que trará sorte!
  Então, que nessa gincana todos “rachem a cuca”, mas sem se estressar, que todos busquem a vitória, mas sem trapacear, e principalmente, que todos saibam aliar competição e diversão com respeito.

Assim, os maiores vencedores seremos todos nós.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Uma história para se orgulhar


Então, há alguns dias, o Movimento da Legalidade completou 50 anos. Eu sei que é muito difícil analisar o tempo atual, porque nele estamos nós, subjetivos e imediatistas que somos, mas eu acho que eram tempos melhores. Ali um povo se levantava contra aquilo que não concordava, ali um povo não temia uma guerra civil pra defender a Constituição, ali havia homens realmente valorosos, porque seus valores eram mais do que valores financeiros.

Três anos depois, a Ditadura conseguiu levar os militares ao poder e então todos conhecem a história. Mas como é bom saber que houve resistência! Como é bom saber que quem tinha ideais não baixou a cabeça, mesmo sendo torturado, perseguido, exilado, ou mesmo sendo morto.

Por isso, neste setembro que hoje se inicia, e que é também o mês Farroupilha, lembremos da nossa história, lembremos do nosso hino, para que daqui pra frente, saibamos honrar quem veio antes de nós e conquistou o que temos hoje.

Porque esta terra tem dono.

“Mas não basta pra ser livre/ ser forte, aguerrido e bravo/ Povo que não tem virtude/ Acaba por ser escravo”. 

Jornais da epoca retravam a situação de quase guerra

Liderados por Brizola, populares garantiam: "O Rio Grande resistirá!"