quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Quando uma mulher muda o cabelo


Aprende-se muita coisa importante numa aula de Literatura. Ontem, por exemplo, meu professor estava divagando sobre um comportamento curioso das mulheres: elas fazem questão de ser notadas quando promovem alguma transformação no cabelo, por menor que ela seja.

Lembrei rapidamente de algo que li certa vez, que diz que, quando uma mulher muda o cabelo, ela está apenas expressando uma mudança que já ocorreu interiormente. Aliás, faz tempo que, volta e meio, tasco essa frase em meio a alguma conversa, e, bem, ela sempre causa um bom efeito.

O fato é que as mulheres dão muita ênfase aos cabelos. Por isso, se um dia você for incumbido da árdua missão de responder o que lhe chamou a atenção primeiro em uma mulher, jamais, eu disse jamais!, responda que foi o sorriso. Isso já está manjado demais, e você não quererá parecer óbvio aos olhos de uma mulher. Também não vá dizer que foram as pernas longas e rijas e douradas, exibidas durante o verão escaldante que passou. Afinal, sinceridade em demasia nem sempre é bom. 

Agora, se você quiser REALMENTE conquistar uma mulher, você deve contar a ela como ficou fascinado pelo balanço harmonioso de seu cabelo, ou como são cheirosas as suas medeixas, ou ainda como seus cabelos acaju são os mais belos que você já viu na vida.

Eis aí conselho do pouco que sei sobre as verdades femininas, mas baseado no muito que sei sobre a fascinação que essas mulheres de coração gelado exercem sobre este pobre homem que vos escreve. É assim que é: para conquistar uma mulher ou para vencer uma guerra, é preciso que você saiba com quem está lidando. 

E elas amam e odeiam o próprio cabelo. 

A você, cabe elogiá-lo. Sempre.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Os dias quentes são como a Bruna Marquezine


O calor. É um assunto repetido, eu sei, mas como não falar do calor nestes dias de canícula? O calor impõe sua presença em cada fresta, em cada canto, em cada gotícula de suor. 

E por falar em suor; ontem, no restaurante, havia um gordo. Mas não um gordo qualquer. Estou falando de um gordo gigante. Acontece que o gordo estava banhado em suor, como se lhe tivessem jogado um balde d'água. Fiquei com pena daquele homem. O suor é mais uma das artimanhas do calor para chamar a atenção.

O calor não é algo que se precise procurar, portanto. Ele se impõe. Como a Bruna Marquezine, na novela das nove. Céus, como não falar da Bruna Marquezine? Ela está lá, todas as noites, desfilando na tela em horário nobre, bem na sua sala de estar. É um sopro de beleza e frescor após o dia mormacento.

E olhem que nem assisto à novela. Mas, convenhamos...não há homem que não se enterneça. Aliás, se você for mulher, pode até não admitir, mas você também fica enlevada cada vez que ela aparece na TV, jovem e faiscante. Ou, pelo menos, deveria ficar.


Bruna Marquezine é o calor materializado em uma mulher. É impossível ficar indiferente a eles. É impossível não derreter. Porém, cuidado: o calor também pode oferecer seus riscos.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Morrer de pé

Assisti há pouco o trailer do filme 300 - A Ascensão  do Império. Aliás, falarei sobre ele na próxima sexta-feira, na Rádio Amizade (não deixe de ouvir).

Mas, o filme. O que eu quero dizer é que existem poucos fatos históricos que me impressionam tanto quanto a Batalha das Termópilas, na qual um exército optou por travar uma luta perdida a render-se e abrir mão de seus ideais.

Há uma frase no filme que resume este sentimento: "nós preferimos morrer de pé a viver ajoelhados!". Cara, me arrepio neste trecho. Não pelo sentido bélico que ele traz. Sou um pacifista. Jamais serviria em uma guerra. Na hora de aniquilar o inimigo, eu refletiria que ele é o filho de alguém, e que esse alguém certamente chorará a sua ausência. Talvez seja um marido. Um pai.

De tanto hesitar, eu é que acabaria sendo aniquilado. Definitivamente, não nasci para ser um combatente sangrento. Por isso, o que me atrai na frase, como eu disse; não é o seu sentido bélico, mas sim a sua simbologia.

Afinal, há muitas formas de se viver ajoelhado.

A fama, o poder, o dinheiro. A ambição por esses elementos está em todas as esferas da sociedade, tomando conta das pessoas, dia após dia. Mas, ainda assim, você não pode se render. Você não deve se ajoelhar diante de nada disso. Corrupção, fama, deslealdade? Não! Não se renda! Lembre-se: é preferível morrer de pé a se ajoelhar por qualquer uma dessas motivações.

Por isso o trecho me marca tanto. No momento decisivo, antes da batalha derradeira, os espartanos tomaram a decisão de morrer de pé, lutando. Mesmo tendo seu exército devastado, foram eles os vencedores do embate, porque não pode haver nada mais glorioso do que morrer lutando pelo que se acredita.

E, - honra lhes seja dada -, eles não se ajoelharam.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Aquele tempo


Tivemos um encontro na semana passada, da turma de formatura do ensino médio. Eu sei, não faz tanto tempo assim que nos separamos, mas com alguns eu havia realmente perdido o contato.

No início estavam todos contidos, apenas naquelas conversas do estilo “e aí, como está a faculdade/ o trabalho/ o namoro?”, as conversas pontuadas por frequentes hiatos. Nem parecia que havíamos passado por tantas coisas juntos. Céus, onde estava minha antiga turma!? Éramos estranhos conversando sobre amenidades.

Mas isso foi só no início. De repente, tudo voltou a ser como sempre fora: logo falávamos alto, ríamos de tudo, lembrávamos de histórias do ensino médio, e recordávamos aquelas priscas eras. “Bons tempos...”, alguns suspiravam, lançando um olhar nostálgico para a noite azul escura.

Me arrisco a dizer que, por alguns instantes, voltamos a ser aqueles alunos de terceiro ano. Mesmo com o passar dos anos, com todas as mudanças, com as responsabilidades que se acumulam a cada dia, deixamos tomar conta a excitação de estar começando a vida, e a emoção de ter tanto para viver.

Não mudamos nada, concluí, balançando a cabeça. Ainda somos os mesmos que esperavam, nervosos, pelas provas do vestibular. Saí de lá com a impressão de que talvez daqui há uns 30 anos, quando já estivermos rompendo a barreira dos 50, muitos já com netos; ainda assim, quando nos encontrarmos voltaremos a ser a turma bagunceira e unida que sempre fomos.

E então, voltaremos para casa, felizes e cheios de lembranças, certamente suspirando “bons tempos, bons tempos...”.