terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Como é ser assaltado


Ser assaltado é bem diferente do que dizem, pelo menos na primeira vez – e espero que seja a última.

Você não sente medo na hora. Eu pelo menos não senti. Fiquei muito surpreso quando fomos abordados (“cara, isso não ta acontecendo!”) e depois o que senti foi raiva. Muita raiva.

O medo só vem depois.

Medo da possibilidade. Eis o que faz uma pessoa sentir medo: saber que é alta a possibilidade de que algo ruim aconteça, e posso garantir que esse sentimento se torna mais palpável depois que você fica na mira de alguém que está armado e mal-intencionado.

Um pouco de medo não é ruim, pois assim você toma precauções, você se previne, você enxerga o mal onde o mal existe. Mas medo demais paralisa.

Então, como combater e reduzir o medo, se aquilo que o homem teme é a POSSIBILIDADE de que algo aconteça?

Simples: reduzindo essa possibilidade.

Isso se faz com policiamento ostensivo. Viaturas, muitas viaturas nas ruas mostrando que a polícia está atenta ao que acontece em todos os cantos da cidade e que irá agir com rapidez e rigor caso haja necessidade.

Com câmeras de segurança que efetivamente FUNCIONEM.

Vigilância.

Leis mais duras com marginais.

É isso que deve ser feito.

Enquanto isso, vamos aprendendo a conviver com o medo, não só pela nossa própria segurança - mas acima disso, pela segurança das pessoas que amamos.

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