terça-feira, 28 de julho de 2015

Somos o que há de melhor


Queria ser muito daquilo que não sou. Queria esperar menos das pessoas. Não me preocupar tanto com o futuro. Acordar tarde. Encher a cara em plena terça-feira. 

Onde estão os cigarros, a bebida, as orgias?

Ser assim, um pouco irresponsável. Há uma certa poesia em quem não leva nada tão a sério, se espreguiça com leveza, com quem tem aquele ar vagamente perdido de sempre estar decidindo para o onde vai.

Sei que o mundo precisa de um pouco de irracionalidade às vezes. A vida já tem manchetes negativas demais: crise política, a alta da luz, o 7 a1.

Queria não estar nem aí. Arrependimentos? Nunca! 

Ah! Se pudéssemos ser tão bons quanto achamos que somos! 

Enquanto aquela velha hipocrisia nos cega, somos o que há de melhor. 

E de pior também.

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