quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Pra começar bem o ano

Nada como um BOM livro. Você pode até não ser muito fã dos livros, mas tem um que é muito difícil não prender o leitor até o final, mesmo aquele que só lê horóscopo e a piada do dia. Nas minhas férias, li pela segunda vez Eu Sou o Mensageiro, de Markus Suzak.

 Taí um trecho da página 38:

“Dou uma parada e olho pra ele. O advogado lhe pede para calar a boca, mas ele não cala e diz baixinho:
  - Tu é um homem morto, velho. Espera só pra ver... – As palavras dele não chegam a me deixar realmente abalado. – Se liga no que to te dizendo. Lembre disso todo dia quando se olhar no espelho, malandro – ele quase sorri. – Tu é um homem morto.
(...)
 “Tu é um homem morto,” ouço aquela voz de novo, e vejo as palavras na minha cara quando entro no táxi e olho no espelho retrovisor.
 Isso me faz pensar sobre minha vida, minhas realizações inexistentes e minhas habilidades gerais de incompetência.
 Quando estou tirando o carro do estacionamento, penso: Um homem morto. Ele tem razão”.

E outro da página 270:

 “É inegável como a verdade pode ser brutal às vezes. Só dá pra admirá-la. Geralmente passamos a vida acreditando em nós mesmos. “Eu to bem”, dizemos. “Tá tudo bem”. Mas as vezes a verdade pega no pé e não tem santo que a faça desgrudar. É aí que percebemos que às vezes ela nem chega a ser uma resposta, mas sim uma pergunta. Mesmo agora, estou aqui pensando até que ponto a minha  vida é convincente. (...)
  - Ed? – Ritchie diz mais tarde. Ainda estamos dentro da água. – Só tem uma coisa que eu quero.
  - O que é, Ritchie?
 Sua resposta é simples:
 - Querer”.

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