quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Crime e castigo


Estou ansioso para ler nas férias “Crime e Castigo”, de Dostoiévski. Foi indicado por um professor de literatura que me garantiu: é o melhor livro que ele já leu na vida.

O autor tornou-se grande, segundo ele, porque em um dia do século 19 Dostoiévski foi condenado à morte, e acabou se livrando da sentença poucos minutos antes da hora em que seria executado.

Foi depois de encontrar-se na iminência da morte que ele criou suas maiores obras.

Tudo o que uma pessoa é, tudo o que ela acredita ser, todas as ambições que ela possui, tudo isso se esfarela diante da iminência do fim.

Digo tudo isso porque a mídia tem feito um grande alarde sobre mais um possível “Fim do Mundo”, mas na verdade a vida não é infinita para ninguém. É uma obviedade o que estou dizendo, eu sei, mas obviedades também precisam ser ditas. 

Porque se todos tivessem plena consciência de que ninguém é imortal, decerto que haveria menos desavenças no mundo, menos rompantes de ódio e menos inimizades.

E haveria mais pedidos de perdão.

A vida não é infinita.

Aliás, não foi nem para o Niemeyer.


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