quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O vidente que sou


Que ano surpreendente este de 2012, que escorre rapidamente para o seu final. Entre tantos erros, acertos e aprendizados, ele me trouxe também uma descoberta incrível: se me aperfeiçoar um pouco, posso me tornar um grande vidente.

Claro que não devo acertar todas. Aliás, algumas previsões devem ser guardadas a sete chaves, porque talvez a população mundial não esteja preparada para recebê-las assim, de chofre.

Digo isso por causa de uma brincadeira que fiz no início de janeiro. Me arrisquei em um post aqui no blog a prever cinco acontecimentos, e, como supus, algumas coisas realmente são muito previsíveis, mesmo para um vidente de primeira viagem como eu.

Vamos relembrar as previsões:

♦ Uma equipe do eixo Rio - São Paulo ficará com o título do Campeonato Brasileiro;
Acertei na mosca. O título do Fluminense foi como sempre é um campeonato de pontos corridos: sem graça. Não existe jogo decisivo, afinal vencer o Náutico vale a mesma coisa que vencer o São Paulo. E é no calor das grandes decisões que se cria um campeão de verdade.

♦ As duas edições do ENEM de 2012 serão marcadas por problemas e as provas serão anuladas por algum tribunal do Nordeste;
A primeira edição sequer saiu do papel, porque no Brasil o sonho vem antes; o planejamento depois. Na edição de outubro, um tema inexplicável para a redação. Mas houve evolução com relação aos outros anos.

♦ Algum juiz vai cancelar a anulação das provas poucos dias depois;
Errei essa previsão, porque nem anulação houve. Não sou contra o ENEM. Aliás, posso dizer que fui muito, mas muito beneficiado com o Exame. Sei que é difícil aplicar uma prova única em um país gigante como o Brasil. Talvez por isso as falhas sejam previsíveis, embora haja um trabalho sério por trás de tudo isso.

♦ Gianechinni, Lula e Cristina Kirchner irão se recuperar do câncer que os aflige;
Perfeito, sou um gênio! Dinheiro não compra a saúde, mas pode comprar bons médicos, e isso muitas vezes faz toda a diferença do mundo.

♦ Só no Brasil, milhares de pessoas vão morrer na fila do SUS sem conseguir se recuperar do câncer que os aflige.
Na mosca, e essa foi fácil. O problema do SUS é o mesmo problema da Educação: a desvalorização dos profissionais, que são mal pagos e desmotivados. É claro que existem inúmeros outros pontos, mas este é o principal. Pegue-se o melhor sistema público de saúde do mundo, o National Health Service, da Grã Bretanha. Lá os médicos até preferem trabalhar no NHS do que em um hospital privado. Lá eles se qualificam sempre, porque estão sempre sendo avaliados, e lá eles ganham um salário compatível com a função de salvar vidas.

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