quinta-feira, 18 de abril de 2013

Crime e punição


 Esse rapaz de Santana de Livramento que ganhou as manchetes nos últimos dias por ter assumido o assassinato de seis taxistas em 72 horas no Estado, algumas pessoas disseram que ele tem um rosto muito parecido com o meu; mas provavelmente eu seja muito mais bonito e muito menos perigoso.

 Mas o que eu quero dizer é que, como era de se esperar, esses crimes geraram perplexidade e indignação, e junto com a indignação voltaram a ecoar mais uma vez os brados daqueles que defendem punições legais mais rigorosas, como a prisão perpétua ou até a pena de morte.

Cada caso é um caso, eu sei, porém acredito que nada disso sirva para mudar uma sociedade - como esperam os que defendem a pena de morte. Sei também que, onde impera a impunidade, o sentimento de revolta é gigante, mas é preciso analisar a questão friamente. Digo isso porque dados comprovam que a Justiça brasileira é preconceituosa e elitista.

No Brasil, os punidos com as penas mais duras são -em sua grande maioria - pobres ou negros.

Os crimes cometidos pela chamada elite social, como golpes financeiros, uso indevido do dinheiro público ou evasão fiscal ficam vergonhosamente impunes nesta terra adorada de encantos mil.

Por isso, sou contra a pena de morte. Se for para punir pobres e negros, prefiro dar-lhes uma EDUCAÇÃO mais digna, que lhes gere oportunidades melhores no futuro. A sociedade que souber investir na sua base, que é a Educação, não precisará mais de leis tão rigorosas.

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