terça-feira, 17 de dezembro de 2013

De onde deve vir a mudança


O mundo está se despedindo nesta semana de Nelson Mandela. Um homem que mudou o mundo. Que honra extraordinária tivemos!, a de caminhar debaixo do sol inclemente, na mesma época em que viveu um dos maiores líderes de todos os tempos.

E quando digo que Mandela foi um dos maiores, não digo em termos de relevância para os livros de História. Porque isso, Hitler também foi. Não. Mandela foi um dos maiores porque foi um homem superior.

Não nasceu assim, suponho.

Mandela já lutava contra a segregação racial em sua juventude - por isso foi preso -, mas desconfio que foram os 27 anos em uma cela afastada de tudo, foram esses anos de reclusão que o transformaram em um dos maiores homens da humanidade.

Naquela ilha, isolado de tudo e de todos, contando apenas com a amizade de um carcereiro, naquele local apenas o ódio e a solidão esperavam por Mandela.

E o que ele fez? Naturalmente, há de ter sofrido. Há de ter chorado. Mas, ainda assim, mesmo sendo humilhado e afastado das pessoas que mais amava por causa da cor de sua pele, ele teve forças para perdoar. Saiu de lá muito mais forte do que quando entrou. Mostrou ao mundo que, com retidão, fraternidade e fibra moral, se fazem os heróis de verdade.

Antes de Mandela mudar o mundo, portanto, ocorreram mudanças dentro dele mesmo, transformações que o fizeram Grande. É assim que é: temos, cada um de nós, o poder de mudar o rumo de nossas vidas e das pessoas que nos cercam; mas, antes disso, precisamos buscar dentro de nós mesmos a transformação.

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