quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

As pessoas querem ser lembradas

Uma das das ambições mais comuns do ser humano é querer ser grande. Afinal, as pessoas não querem que sua existência seja comum, não querem apenas passar pela vida nascendo, se reproduzindo e morrendo.

Não. As pessoas querem ser lembradas. Elas almejam que seus feitos se perpetuem, que eles sejam narrados para as futuras gerações, porque essa seria uma forma de elas mesmas continuarem vivas.

Essa mania de grandeza, não raro, causa frustração. Afinal, quem poderia se destacar RE-AL-MEN-TE, se já somos mais de sete bilhões neste vale de lágrimas? E mais: mesmo que alguém consiga ser muito bom em algo, de pouco ou nada lhe adiantaria, porque as pessoas não podem ser classificadas como se fossem equipes de um torneio, em ordem de importância.

Por todas essas razões é que não acredito no sucesso individual como fonte de felicidade. Acredito nas coisas pequenas, essas sim capazes de fazer com que um homem seja feliz de verdade. Ou pelo menos se aproxime disso.

Willis Carrier é um homem que conseguiu alcançar o tal desejo de entrar para a história. Ao inventar o ar condicionado, em 1902, ele garantiu que seu nome jamais fosse esquecido, nem mesmo com a passagem inexorável dos anos. Se foi feliz, não tenho como saber. Mas espero sinceramente que tenha sido.

Nestes dias intermináveis de calor intenso, em que o nosso Rio Grande se transformou em uma canícula, contemplei agora pouco o nome de Willis Carrier, por alguns segundos, em silêncio.

Willis Carrier. O homem que inventou o ar-condicionado.


E dessa forma, em silêncio, como se estivesse rezando, eu disse-lhe, com sinceridade: muito obrigado!

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