quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Quanto tempo dura uma verdade

Pense nas nuvens. O dia está claro e sedutor como a pele da Scarlett Johansson, os pássaros cantam alegremente, o sol começa a trazer aquele calorzinho chato. Então, elas surgem. Vindas não se sabe bem de onde, as nuvens começam a se aglomerar, o dia vai escurecendo; e, de repente, está chovendo.

- Que tempo louco! - exclamam as pessoas, se esgueirando debaixo das marquises.

A vida é assim.

Vejam ainda as ações da Petrobrás. Até dias atrás, um negócio rentável. Agora, os acionistas veem seus papéis valerem cada dia menos, e, ao que tudo indica, as perspectivas para 2015 não são nem um pouco animadoras.

O que isso significa?

Que as verdades absolutas, na verdade, não são assim tão absolutas. O tempo pode mudar, as ações podem despencar, o namoro sólido pode esfriar, a esposa fiel pode ter uma recaída com o vizinho do 812. Vivemos em um mundo imprevisível, onde muitas vezes prevalece o imponderável, e as decisões são tomadas quase sempre através da emoção.

Fico pensando que é isso o que nos aflige em nossas efêmeras existências. Essa imprevisibilidade. Afinal, não podemos nos precaver dos infortúnios. Talvez sejamos assaltados na próxima esquina; talvez não. Raramente é possível ter certeza de algo. O que podemos ter são palpites, que nada mais são do que vontades ou temores disfarçados de pressentimento.


Digo tudo isso porque, em duas semanas, um novo ano vai começar. O que ele nos trará? Não podemos prever. Apenas sonhar. Tão aflitivo, e ao mesmo tempo tão fascinante é viver neste jogo louco em que tudo pode acontecer!

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