quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

As minhas opiniões

Sou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, da legalização da maconha, sou contra a pena de morte e, mais do que qualquer outra coisa, sou contra os radares que ficam escondidos nas estradas para multar motoristas desavisados.

Qualquer uma dessas opiniões é capaz de gerar intensa polêmica e até o ódio de quem pensa diferente. Uma pena. Porque uma opinião deveria ser apenas isso: uma opinião. São questões que devem sim ser debatidas, mas não de forma extremista ou passional, e sim por pessoas capazes de ponderar, dialogar, e até de ceder em alguns pontos.

Não há nada novo debaixo do sol, neste início trepidante de 2015. As bandeiras ideológicas, muitas vezes, são encaradas como uma espécie de religião, como já aconteceu em outros momentos da história. E esse é um caminho perigoso, porque as religiões tendem a transmitir aos seus seguidores a falsa sensação de que só eles é que estão certos, e os outros, equivocados. É mínima a possibilidade de diálogo ou de argumento racional nestes casos.


Um mundo não se constrói a partir de certezas absolutas. Eu sei que seria mais confortável pegar um punhado de opiniões e lutar por elas como um desesperado que luta para sobreviver; mas não, a vida não é tão simples. Precisamos nos questionar, duvidar da nossa própria teoria, conjecturar que podemos estar errados. Pode ser que não resolva nada, mas ao menos escapamos do risco de nos tornarmos reféns da chatice ideológica.

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