quinta-feira, 23 de maio de 2013

O grande problema do Rio Grande do Sul



Leônidas foi um grande homem.

Não falo do Leônidas que foi jogador de futebol nos tempos de Pelé e inventou a linha do impedimento; ainda que eu considere este um dos grandes feitos do século passado.

Falo do Leônidas que liderou os espartanos naquela batalha contra os persas que entrou para a história e que virou um filme com orçamento de 70 milhões de dólares.

Leônidas foi grande porque, naquela batalha das Termópilas, em que ele liderava apenas 300 homens espartanos; não temeu o ataque de 300 mil persas e preferiu voltar morto a render-se em uma batalha.

Ainda que estivessem com um exército tão inferior numericamente, os espartanos conseguiram retardar por três dias os avanços do exército persa, mesmo que o preço tenha sido alto: suas próprias vidas. Alguém poderia dizer que a aniquilação daquele exército significa uma derrota, mas não é bem assim. Os persas tiveram tantas baixas, que por fim; enfraquecidos, acabaram sendo expulsos da Grécia.

Eram grandes os espartanos, eram nobres de espírito, claro que sim; mas o que os tornava ainda maiores era seu líder.

Seja uma tropa, uma equipe de futebol, uma empresa, uma sala de aula, e até mesmo uma família, todas essas instituições só conseguem ser realmente fortes quando são lideradas por alguém que não se entrega ao desânimo nem mesmo quando as maiores vicissitudes se apresentam.

Talvez seja esse o grande problema do Rio Grande do Sul. Não acredito que se possa apontar um grande responsável pela situação lamentável em que se encontra o Rio Grande do Sul no que tange à valorização dos seus professores, e sim uma sequencia ações desastradas; mas o fato é que faz muitos anos que o Rio Grande do Sul não elege um grande líder.

Neste caso, um grande governador.

Falo de um líder que represente os gaúchos justamente naquilo que sempre foi marcante na nossa personalidade: a indignação com aquilo que não está certo.

Este Tarso Genro que aí está é um grande estadista, é um homem desenvolvimentista; mas é apenas mais um. Quando ele tenta esquivar-se de pagar o piso salarial dos professores alegando inconstitucionalidade da lei, quando insiste em dizer que não há recursos financeiros e  nenhuma saída pode ser encontrada, ele mostra justamente isso: que é apenas mais um.

Hoje, nosso estado precisa de uma grande revolução na Educação, e grandes revoluções só são possíveis com grandes homens. É preciso alguém como Leônidas, rei dos 300, para arregaçar as mangas e mostrar que não existe; nem jamais existiu, uma batalha perdida.

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