quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Conclusões do Caso Rafinha Bastos

O Caso Rafinha Bastos, que tem causado uma surpreendente e desmedida comoção nacional serve pelo menos para algumas reflexões sociológicas sobre o nosso malfadado Brasil. Li em algum lugar a seguinte frase: “No Brasil os políticos são levados na brincadeira e os humoristas são levados a sério”.

O fato é que o Brasil é mesmo um país estranho. Não passa semana sem que os meios de comunicação divulguem falcatruas no âmbito do poder público, e o máximo que acontece é a troca de um ocupante de cargo por outro, sem punições, sem o ressarcimento dos recursos desviados e sem a garantia de que as irregularidades não voltarão a ocorrer. Diante deste estado de coisas, o povo brasileiro apenas cruza os braços.

As multidões preferem sair às ruas por outras causas, como as passeatas em defesa da maconha, pelos direitos dos homossexuais e dos seguidores de igrejas evangélicas. Pela ética ninguém se manifesta.

Constatar esses fenômenos talvez nos ajude a compreender melhor a nossa natureza e as nossas prioridades. Que, de fato, algumas vezes são muito estranhas.

Segundo especulações, Rafinha não quer ficar e já teria pedido demissão. É justo. O CQC original, o da Argentina (Caiga Quien Caiga) sempre levantou a bandeira da liberdade de expressão, algo que no Brasil nunca é pleno, e essa suspensão de um humorista por fazer uma brincadeira (sic) demonstra isso.

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