sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Abaixo ao arroz integral


 Gosto não se discute. Eu, por exemplo, tenho uma paixão platônica pela Isabelle Drummond. Aliás, a Isabelle Drummond, para mim, é um desperdício. Deveria estar na novela das 9, deveria ser sempre a protagonista. Ela nem precisaria falar nada. A beleza dela compensaria tudo, mesmo que ela tivesse más atuações como atriz.

 Os meus colegas de transporte pra faculdade discordam:

 - Aquela que fez a Emília??? – perguntam chocados – mas ela não tem nem peito!

 Essa mesmo. EU não mudaria nada na Isabelle Drumonnd. Ela chegou tão perto da perfeição física quanto alguém pode chegar. Se um dia eu descobrir que ela calça 35, juro que crio coragem e a peço em casamento!

 Os meus amigos não acham tudo isso. Enfim, gosto não se discute.

 E como gosto não se discute, tem gente que gosta de pão preto, por exemplo. Deixam de comer o pão tradicional, o pão sovado com carinho pela avó, aquele que se desmancha na boca enquanto você mastiga, para comer pão preto. A farinha de trigo é um perigo, você sabe.

 Só não posso me conformar com o arroz integral. Comer arroz integral é um exagero, é uma atrocidade. Significa dizer não aos pequenos prazeres da vida, significa condenar-se a uma vida sem graça.

 O arroz faz parte do prato do brasileiro. Há quem não goste de feijão, há quem evite até mesmo as carnes, mas o arroz é unânime. Todo brasileiro come arroz. Isso torna o arroz um alimento acima dos demais, um alimento que precisa ser respeitado.

 Não deve se tolerar que mexam no arroz.

 Não posso admitir viver em uma época em que as pessoas abrem mão das pequenas coisas, que são justamente as melhores; uma época em que as pessoas deixam de viver plenamente para ficarem vivas por mais tempo.

 Uma época de pessoas que comem arroz integral. Que seres nos tornamos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário