quinta-feira, 27 de junho de 2013

Eu odiava tomar sadol


Algumas coisas simplesmente desaparecem das nossas vidas, e isso quase sempre é bom.

Quando eu era criança, por exemplo, minha mãe me obrigava a tomar uma colherada cheia de um líquido cor de terra, que tinha gosto enjoativo: sadol. Era para aumentar o apetite, ela me dizia. E eu, que nunca fui assim tão magrinho, não conseguia entender aquelas sessões de tortura. Céus, por quê?!

As crianças de hoje não sabem o que é passar por isso. Sorte a delas que o mundo evoluiu. Um mundo em que os pequenos não são forçados a tomar uma colher de sadol antes de cada refeição é certamente um lugar melhor para se viver.

Outra coisa que desapareceu: o CD de música. Hoje em dia ninguém mais compra isso.

Mesmo aquele baratinho, que era vendido nos bazares, ele também sumiu de nossas vidas. Concluo que, assim como ocorria com o sadol, as pessoas não gostam muito de CD’s.

O que é uma coisa lógica: ninguém quer levar para casa 20 músicas de um mesmo cantor, quando na verdade gosta só de duas ou três das suas canções.

Por isso, sou a favor do poder de escolha.

Quero poder escolher a música que vou ouvir, não um CD inteiro.

Quero um autógrafo do meu ídolo, não de toda a banda.

Aquele iogurte do supermercado vendido em bandeja também me ofende. Quero levar para casa só o que vou consumir hoje.

Ah, e Dilma, quando for feita a reforma política, quero escolher meu candidato. Não vários, mas apenas um.

Eu não quero votar em lista.

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