segunda-feira, 8 de julho de 2013

Se eu fosse uma formiga


Existem mais informações interessantes sobre formigas do que sobre qualquer outro tipo de animal que habite o nosso planeta, com a possível exceção dos seres humanos. 

Ontem, por exemplo. Eu estava entediado, quando de repente um link me chamou atenção: "Mistérios do mundo com as incríveis formigas zumbis". Fiquei intrigado. Formigas zumbis? Não eram fotos exclusivas da Carol Portaluppi, mas cliquei mesmo assim. 

Então, descobri que há determinados tipos de fungos que invadem o organismo de uma espécie de formiga, as não muito famosas Camponotus leonardi. Esse fungo penetra por seus poros; que devem ser minúsculos poros, quase invisíveis, e, depois dessa invasão, começam a dominar o comportamento das formigas.

Por fim, depois de se desenvolverem, os fungos são ingratos - como são ingratos os torcedores de futebol que vão ao estádio e vaiam antigos ídolos-, e rompem a cabeça da formiga hospedeira, deixando apenas sua carcaça para trás.

É uma história triste, eu sei. Eu, se fosse uma formiga, viveria infeliz com a possibilidade de um fungo tão perigoso e mal intencionado invadir meu corpo, já tão pequeno e frágil.

A vantagem da Camponotus leonardi é que talvez ela saiba exatamente quem ela deve temer: o fungo usurpador. No caso do homem, essa análise é mais complicada. Afinal, é a sua própria espécie quem contamina o leite que ele vai beber, é a sua própria espécie que rouba por um tênis ou celular e que mata por um ciúme banal. O mal não está lá fora, mas nos ameaça através das pessoas que nos rodeiam todos os dias.

Melhor mesmo seria apenas temer ser dominado por um fungo.

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