sábado, 27 de julho de 2013

Quanto vale a minha saúde

Peguei um resfriado forte nos últimos dias. Desses com direito a febre e tudo, mas que bá. Tudo bem, nada de anormal em uma virose, ainda mais por aqui, onde faz calor insuportável em uma semana e frio glacial na outra. O que eu não pude deixar de notar foi a forma como me comporto quando meu organismo está, digamos, debilitado.

É como se mais nada importasse. Nem meus compromissos, nem as coisas que planejo para o futuro. Aliás, nem as brincadeiras mais divertidas me fazem rir. Tudo o que me importa é o vírus que aflige o meu corpo, e o que preciso fazer para melhorar logo.

Por que deixo um resfriado qualquer me dominar? Afinal, sou um homem racional, deveria conseguir me concentrar no que acontece ao meu redor, sobretudo sendo um problema de saúde tão simples. Mas não. O centro do meu mundo, quando estou fisicamente mais frágil, é justamente aquilo que me fragiliza.

Pensando bem, talvez eu saiba o motivo. Talvez seja natural que qualquer debilidade, por simples que seja, me deixe dessa forma. Nós, os jovens, nos julgamos mais fortes do que realmente somos. Problemas físicos são coisas de velhos. Queremos realizações, queremos mudar o mundo, queremos algo que vá além do que a vida comum e pacata pode nos oferecer.

Daí o motivo pelo qual tantos jovens buscam as drogas. Eles querem alcançar algo que os leve além dos próprios sentidos. Assim, pagam pouco a pouco, de forma quase imperceptível, com a própria integridade física. Temo que quando perceberem o que fizeram consigo mesmos, seja tarde demais.

Por isso, não uso drogas. Essas sensações, por melhores que possam ser, não podem valer mais do que a minha saúde.

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