segunda-feira, 9 de maio de 2011

Contra ou a favor


Muito já se falou sobre o hábito gaúcho de ser contra ou a favor de alguma coisa. Chimango ou maragato. Gremista ou colorado. De direita ou de esquerda. Oito ou oitenta.

Muito já se falou sobre o quanto isso atrapalha qualquer discussão racional, qualquer ponderação, qualquer avanço que exija os esforços integrados de todos.

Mas, é preciso dizer, que há algo mais que nos diferencia de todas as outras federações do país, algo que só aqui no extremo sul do Brasil se encontra. No Gre-Nal de ontem, antes do jogo, o vozeirão do Pedro Ernesto anunciava: “E agora a execução do hino rio-grandense...um dos raros momentos em que as duas torcidas se unem...”

Sim, as torcidas se unem. Os chimangos e maragatos, os colorados e os tricolores. Se unem porque  há um orgulho em ser daqui, em ter nascido neste chão, em representar estes pagos. As músicas tradicionalistas exultam e mostram pra qualquer pessoa um lugar pra viver sem chorar. Imaginem, um lugar onde tudo o que se planta cresce!

E a quem queremos que sirvam nossas façanhas? A nada menos do que toda a terra. Quanto orgulho daquilo que fizemos, quando vontade de desfraldar ao mundo inteiro que somos gaúchos e ostentar tudo o que conquistamos!

E é justamente essa a nossa maior qualidade. A capacidade de defender o lugar em que nascemos, de defender a nossa casa. Nos unimos por um motivo que não une nenhum outro estado dessa forma, e aí tem o Rio Grande do Sul a sua maior virtude.

E, como se sabe, povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.

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