terça-feira, 5 de julho de 2011

Símbolos e gestos

Pense em todas as músicas melosas e cheias de declarações de amor que você já ouviu, seja no ritmo que for, desde Jonas Brothers a Roberto Carlos. Pense naqueles poemas curtos que estão nas páginas dos livros de Português, nos sonetos, nos poetas consagrados, nos programas de televisão em que alguém se declara para outra pessoa em rede nacional.

90% das pessoas que fazem tudo isso são homens. Porque todos os homens somos românticos. Nós acreditamos em amor platônico, em fidelidade, fazemos planos, conheço muitos até que abandonam os amigos para dedicar-se integralmente a namorada.

Nós abrimos mão de fazer o que queremos só pra deixar a outra pessoa feliz, compramos presentes, fazemos massagem, e como as mulheres gostam de massagem, meu Deus do céu! Nós damos o casaco para elas no frio, ouvimos pacientemente as histórias do cotidiano e de outras pessoas contadas nos miiiiiiinimos detalhes, porque uma mulher fala. Lembre dos dias em que elas estão inspiradas então. Como falam. Falamfalamfalam. E ainda: falam.

Nos deixamos as festas, as diversões de uma solteirice juvenil, largamos a badalação. Tudo por causa do nosso irremediável romantismo. E não existe romantismo maior do que o romantismo expresso em gestos.

Mas, curiosamente, para as mulheres isso não importa. Esses gestos passam despercebidos. Por quê? Por que as mulheres não querem gestos. Não querem romantismo. Elas querem colocar uma aliança no seu dedo, porque a aliança é um símbolo. Símbolo de compromisso, que é o que elas realmente querem.

Tudo aquilo que as mulheres realmente valorizam, como anéis e atenção especial em datas como o dia dos namorados – e datas também são símbolos! – é um reflexo da única coisa que elas querem: compromisso.

E nós, nós homens somos os verdadeiros românticos. Sim, nós que sempre somos chamados de galinhas. Nós que não precisamos de datas nem símbolos para sentir.


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